Fizemos o jogo que o São Paulo queria, o Fábio foi um dos destaques e mesmo assim ganhamos, por que?


Jogo truncado, jogo de detalhes, jogo no erro do adversário e por ai vai…

Era tudo que os paulistas queriam, o jogo foi nivelado no patamar que o São Paulo está jogando hoje, vejam por que:

O tricolor entrou com uma linha de quatro atrás, e foram quatro mesmo, volantes jogando de falsos laterais fechando como zagueiros, típico estilo europeu, mais precisamente futebol inglês, no meio eles vieram com mais quatro atrás da linha da bola sendo que tirandoEduardo Costa, os outros tres sabem sair para ojogo com qualidade, e dois na frente, um de velocidade e outro fazendo o pivô ou esperando jogadas aéreas.

27.05 - Zagueiro Leonardo Silva - Foto: VipCommO Cruzeiro entrou com três volantes no meio e Ramires improvisado de meia com o intuito de encostar nos atacantes (foi o pior em campo como muita gente imaginava, não é a dele). O que se viu no primeiro tempo foi o cruzeiro com a posse de bola, rodava, rodava, mas não tinha um armador que encostasse com qualidade nos atacantes, ou fosse o garçon, então esta posse de bola não se traduzia em chances claras, esta foi a tona do primeiro tempo, o tricolor cozinhando o jogo e o Cruzeiro tentando penetrar mas sem qualidade no último passe e a bola chegando quadrada para Kléber; até que aos 46 minutos encontramos um gol na jogada principal deles, faltas ou escanteio (jogar no erro do adversário) e fomos para o intervalo aliviados e com o pensamento de que os espaços apareceriam no segundo tempo; só que na segunda etapa com uma substituição equivocada nosso time passou a jogar num 4-5-1, com a idéia de que Ramires e Athirson fariam a aproximação no Kléber, e como já estávamos chegando com pouca gente no primeiro tempo, no início de segundo piorou, chamamos o adversário pra cima, a bola ia e voltava em cima de nossa defesa, e o gol paulista foi a consequencia disto.

Vendo o erro (mas não admitindo em entrevistas), Adilson Batista, tentou consertar tirando Magrão que saiu cuspindo marimbondo, equilibramos o jogo, acuamos o São Paulo que nitidamente não tem o mesmo preparo físico que o nosso, desempatamos o jogo devido a presença de mais um homem na frente, poisKléber saiu da área, chamou a marcação, fez o pivô e encontrou nosso lateral entrando sozinho que fez o certo, bateu para trás, encontrando um segundo atacante que acabara de entrar.

Após o segundo gol voltamos a tônica do primeiro tempo, a falta de um amador para municiar os atacantes e os volantes tentando em vão, não é a deles, econtrar espaços, dar passes com auto grau de dificuldade.

Ponto forte do time: O preparo físico do time que está bem acima do adversário e mais uma vez a muralha azul, Fábio salvou a noite ontem, sem comentários.

Ponto fraco: Adilson que deixou o time previsível, abriu mão de nossa arma que são os passes rápidos e com qualidade para evidenciar a marcação no meio, fez duas substituições para se chegar em uma, um atacante pelo outro, e insiste em queimar Ramires matando a jogada dele sendo o homem supresa vindo de trás, partindo com velocidade.

Conclusão: Deixo uma pergunta e uma afirmação para os leitores para refletirmos juntos.

Pengunta: Quando dois times se enfrentam e existe uma diferença técnica, e de melhor momento entre os dois, quem ganha quando se nivela estas diferenças e se abdica do seu jeito de jogar?

Afirmação: O placar foi muito bom sim, partindo do ponto de vista que temos um time mehor e em condições de jogar bem tanto no mineirão quanto no morumbi já que é um campo bem parecido com o nosso; e o placar é perigoso partindo do ponto de vista de que vamos chamar o São Paulo pra cima, deixando a posse de bola com eles, jogando apenas em pseudo-erros do adversário. A escolha está nas mãos do nosso treinador.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.