30 mar Fábio: amado por uns, odiado por outros.

Salve, Nação!

A excelente atuação do goleiro Fábio no último domingo ainda rende muitos comentários por parte da torcida e da imprensa. Fábio fez sua melhor partida, acredito eu, dos últimos dois anos. Totalmente seguro, o goleiro de 35 anos só não fez chover no Independência.

Fábio, hoje, possui a marca do jogador que mais vestiu a camisa celeste em toda a história. São 678 partidas à frente da meta celeste. É um ídolo da história do Cruzeiro e deveria ser mais valorizado por tal fato. O goleiro, apesar de tal marca, do respeito imenso pelo clube e pela torcida e, claro, pelas partidas memoráveis como a de domingo, não consegue ser unanimidade entre a torcida, quando o assunto é tratá-lo como ídolo.

O arqueiro carrega consigo algumas falhas do passado que alguns insistem em não esquecer. O fatídico 15 de julho de 2009 é prova disso… Fato é que Fábio, como qualquer goleiro e qualquer jogador de futebol, tem suas qualidades e seus defeitos e deve ser exaltado e cobrado por elas. As bolas cruzadas na pequena área, chutes de longa distância e, em 2015, o excesso de peso, foram os maiores vilões do goleiro desde sua chegada aqui em 2005.

Hoje, no auge dos 35 anos, Fábio apresenta uma boa forma. Está visivelmente mais magro do que na temporada passada e parece ter retomado a boa forma que apresentou de 2008 a 2013, quando indiscutivelmente foi o melhor, ou um dos três melhores goleiros do Brasil. Eu, apesar de não o ter como um ídolo pessoal, reconheço sua história pelo Cruzeiro e sua marca que deve sim ser exaltada, comemorada e explorada comercialmente. Guardada as devidas proporções, Fábio merecia campanhas de marketing e comerciais parecidas como as feitas pelo São Paulo com Rogério Ceni. Explorando a imagem do goleiro e a marca alcançada por ele em meio à idolatria da torcida.

Fábio hoje caminha para o fim de sua carreira, e a linha sucessória precisa estar preparada para tamanha responsabilidade dentro e fora de campo. Afinal, Fábio é o capitão do Cruzeiro desde 2008 e possui sim uma liderança entre o grupo.  Como já disse, não é um ídolo que eu tenho no futebol, mas agradeço por tudo que já fez pelo Cruzeiro e pelo tamanho respeito com que sempre se referiu ao clube e à torcida.

Por: Simon Nascimento