Existe vida pós-Ramires?



Ainda não é oficial, mas é questão de tempo. Ramires não ficará por muito tempo no Cruzeiro. É lidar com a realidade e seguir em frente.
 
Mesmo sendo colunista, sou antes de tudo um torcedor, e sinto um aperto escrevendo sobre este assunto. Ramires, grande matador nos clássicos (ao lado de Guilherme), em breve irá se despedir do nosso Cruzeiro. Isto é fato e não há como negar. O Cruzeiro está sem patrocínio nas camisas e, desde o início da “crise econômica” está mais difícil conseguir dinheiro para honrar os compromissos. Vender jogadores é nossa única saída, para que nosso time possa investir e se manter entre os melhores.
 
No elenco atual, não há subsititutos para Ramires – palavras de Adílson Batista. Pela sua raça, técnica e habilidade, Ramires está certamente entre os grandes jogadores que honraram a camisa celeste do Cruzeiro Esporte Clube. Nunca fugiu da sua responsabilidade, mas também nunca precisou “puxar o saco” da torcida. Cumpriu muito bem o seu papel no time, jogando com eficiência e talento, sendo hoje reconhecido como grande jogador, não apenas pela “imparcial” imprensa mineira mas também pela mídia nacional.
 
Ramires deve ficar no Cruzeiro, ao menos, até o final da Libertadores – o mercado na Europa só abre em julho, se não me engano – e até lá, a comissão técnica deve se preparar, não para arrumar um substituto (porque não existe alguém como ele) mas, principalmente, para armar o time sem nosso guerreiro. Contratar outros jogadores é difícil, pois na série B aparentemente não tem nada que realmente presta e fora do Brasil não me lembro de ninguém que possa ser contratado. É contar com a competência de Adílson Batista e com o talento dos olheiros do time.