Everton Ribeiro, Dagol e Borges: tripé ‘responsa’


Everton Ribeiro, Dagol e Borges: tripé ‘responsa’

Três cruzeirenses jogaram além da conta na partida de sábado: Everton Ribeiro, Dagoberto e Borges, curiosamente os autores dos cinco gols da Raposa no jogo.

Os gols premiaram as atuações desse tripé ofensivo, mas eles fizeram muito mais do que isso na partida. O “dezessete” Everton Ribeiro foi um autêntico camisa dez. Todas as jogadas de criação passavam por ele. Com passes refinados, como aquele de calcanhar para Everton Ribeiro, no segundo gol, ele mostrou que ainda luta pela Bola de Ouro do campeonato. E justificou mais uma vez por que russos e árabes estão de olho nele.

Dagoberto devia um desempenho como o de sábado. Desde que retornou de contusão, era sempre aclamado pela torcida, mas dentro de campo, quando entrava, não correspondia ao apelo das arquibancadas. No sábado, não. Mostrou por que tem grife, por que é considerado uma das principais contratações do time no ano, por que é importante dentro do elenco celeste.

Além do golaço no primeiro tempo e do pênalti sofrido que cobrou com perfeição, Dagol participou bastante do jogo, quase sempre pelo lado esquerdo. Movimentou-se, pediu bola, partiu para cima, criou, finalizou e até ajudou na marcação, em recomposição ao sistema defensivo.

Mas Dagol e Everton Ribeiro não foram intensos e vibrantes como Borges. Ninguém no Mineirão parecia desejar mais gols e a vitória do que o camisa nove. Tanto que ele marcou o gol do 3 x 3 e correu para buscar a bola no fundo da rede. Ele tinha pressa para a virada. Depois, quando fez o quarto da Raposa, explodiu em alegria. Tirou a camisa, deu mortal, esmurrou e chutou a placa de publicidade, vibrou com a torcida e…chorou.

Chorou talvez pela emoção do momento, talvez pelos gols em resposta à rejeição que tem sofrido, talvez por alguma razão da vida particular, talvez, talvez… Tantos “talvez”, mas nenhum deles nos importa. De importante mesmo, só o fato de que o mais vaiado jogador do atual time do Cruzeiro calou o Mineirão. Ou melhor, calou, não. Fê-lo aplaudir de pé. Boa, Borjão!