Enquanto tivemos pernas, jogamos e que se esperava


Olá Guerreiros, poderíamos perder o “pseudo-clássico” regional até com 11 jogadores, mas o que se desenhou ontem foi que se o time estivesse completo, no mínimo jogaríamos de igual para igual, foi o que se viu até os 30 primeiros minutos.

Adilson quis entrar com um time mais experiente, mais encorpado, que valorizasse a posse de bola, e consequentemente abriu mão da juventude, da correria, foi uma decisão coerente, talvez não fosse a expulsão prematura e justíssima do atacante Zé Carlos, o jogo teria outro placar.

Tendo em vista alguns jogadores cruzeirenses que ainda se ressentiam de um ritmo de jogo maior e principalmente de uma condição física ideal, talvez por isto a escalação deles no jogo, para que numa eventualidade na quarta-feira, já tivessem com algum ritmo.

Com a perda de um jogador de cara, Adilson fez duas linhas de quatro atrás da bola e T. Ribeiro na frente marcando e tentando prender os zagueiros rivais; a tática deu certo até o time agüentar correr, era previsível que íamos sentir o peso de jogar com um a menos a medida que o jogo fosse se desenvolvendo. Pesa também o fato de que tanto Jancarlos quanto Athirson estavam mal tecnicamente, isto nos dificultou ainda mais. Tivemos uma chance isolada na cabeçada do volante Fabinho e após esta jogada e com a entrada de mais um atacante, o adversário veio para cima, abriu o jogo pelos lados e fez os dois gols em quatro minutos, matando ali o jogo.

Na segunda etapa coube a nossa torcida dar o show a parte, enquanto o adversário cozinhava o jogo fazendo o tempo passar, nosso time fez as alterações que não surtiram efeito, e já ao final em uma jogada bisonha do nosso goleiro, levamos o terceiro gol que não precisava acontecer.

Pontos fortes do time: Nossa dupla de zaga foi muito bem, destaque para Vinícius já elogiado aqui; Diego Renan apóia muito bem, é um lateral a ser lapidado e Fabinho prova a cada dia que passa ser o homem a jogar no lugar de Henrique.

Pontos fracos do time: T. Ribeiro sem a velocidade costumeira torna-se um jogador comum, pois não sabe jogar de costas; condição física e técnica de alguns jogadores já citados acima; Wanderley sem uma seqüência de jogos continua sendo aquele jogador afoito de sempre e Andrey que é bom goleiro, mas peca pelo excesso de confiança aliado a displicência em alguns lances capitais.

P.s.: Tenham paciência na quarta-feira, pode ser um jogo difícil como o de 1997 onde o gol saiu após os 30 do segundo tempo e nosso elenco de hoje é mais jovem e pode sentir alguma impaciência vindo da torcida, e jogo de apoio os 90 minutos, eu confio!

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.