Ei, Gilvan! Vai comer caju! (Cruzeiro 0 x 0 Internacional – Campeonato Brasileiro 19ª rodada)


Salve guerreiros! Nem sei por onde começar, amigos, mas está cada dia mais difícil cumprir a missão que recebi da direção do “Guerreiro dos Gramados” que se trata de trazer à China Azul as colunas de analise das partidas celestes. Divido com vocês esse meu desafio, entretanto, por dois anos (13, 14) tive o privilégio de “cronicar” as vitórias celestes rumo ao bi-campeonato brasileiro, por isso, agora nas vacas magras, mantenho meu compromisso de fazê-lo com os leitores que nos acompanham. Passado essa introdução desabafo, vamos à frieza da analise.

O Jogo

Mais uma atuação medíocre da Raposa, que segundo seu mandatário tem um dos melhores elencos do Brasil, elenco esse, que sob a batuta de Marcelo Oliveira, considerado por muitos um dos melhores da atualidade, até a regência de seu atual treinador (que não treina) não conseguiu alcançar os resultados que corroborem para a opinião de seu presidente.

Há quem defenda Luxemburgo e seus métodos na base do: É melhor ter razão, há quem peça a cabeça do técnico por suas escolhas pouco convencionais, como a utilização mínima de tempo para treinamentos (eu entre esses), fato esse que nos leva à considerar que muitas das suas experiências acabam sendo feitas na hora do jogo. Outro agravante, em minha opinião, que deprecia Vanderlei é a não insistência em repetir escalações, principalmente as que dão certo, como foi contra Sport e Palmeiras, por exemplo.

Mas voltemos ao jogo de hoje, um Internacional que veio a Belo Horizonte para não perder, e um mandante que não teve competência pra se impor dentro de casa e diante de um adversário com tal postura. Aliás, Luxemburgo, considerado o autor da frase: “O medo de perder tira a vontade de ganhar”, conforme twitt meu durante a partida, tem montado a Raposa pra não perder, e isso é radicalmente contrário a história e tradição celestes, afinal, os grandes Cruzeiros de nossa história sempre foram times que buscavam a vitória, que até aceitava perder fazendo isso, mas perseguia sempre o triunfo.

Marcelo Oliveira sabia disso, Adilson Batista fazia isso e o próprio Luxa em 2003 trabalhou assim, e esses foram os últimos trabalhos de sucesso da camisa celeste. Gilvan de Pinho precisa rapidamente admitir que errou ao investir em Luxa, e buscar algum nome que conheça e respeite a história celeste, porque eu temo pelo pior, guerreiros. Essas 19 rodadas de primeiro turno o Cruzeiro tem apenas a metade dos pontos necessários para atingir os 45 pontos, número ideal para que um time espante de vez o fantasma daquela que certamente é a maior mancha em sua história: Um rebaixamento.

“Guerreiro de ouro” só não fica com Alisson porque Fábio nos livrou da derrota em ao menos três lances. O “arqueiro de Deus” fica com a honraria. Não posso “premiar” com o “Guerreiro de lata” outra pessoa que não seja o mesmo que a China Azul honrou no final da partida: Presida Gilvan de Pinho, cabe ao senhor o prêmio afinal, Ei! Gilvan, Vai comer caju!

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 0 X 0 INTERNACIONAL

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Data: 16 de agosto de 2015, domingo

Horário: 16 horas (de Brasília)

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa-SP)

Assistentes: Kléber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Daniel Ziolli (Asp. Fifa-SP)

Público: 14.166 pagantes

Renda: R$ 449.105,00

Cartões amarelos: Geferson e William (Internacional)

CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Willians, Henrique, Charles (Ariel Cabral), Alisson e Marquinhos (Marinho); Vinícius Araújo (Leandro Damião)

Técnico: Vanderlei Luxemburgo

INTERNACIONAL: Alisson; William, Paulão, Ernando e Geferson; Rodrigo Dourado, Nilton, Nicolás Freitas (Zé Mário) e Valdívia (Rafael Moura); Eduardo Sasha e Vitinho (Taiberson)

Técnico: Argel Fucks

Agora é virar a chave e reenfrentar o Palmeiras pela Copa do Brasil, e talvez a diretoria e Luxemburgo estejam pensando em redenção na competição em que o Cruzeiro é, ao lado do Grêmio, o maior campeão com 4 conquistas. Eu não estou muito esperançoso, e os Guerreiros?

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida! Nossa força!

por: Álvaro Jr