É hora de Xeque-Mate!


Pense num jogo de xadrez, onde cada vez que você derrota um peão, aparece outro no lugar. O jogo está desenvolvido, peças bem posicionadas, você leva vantagem por isso. Entretanto, sua vitória ainda está longe de ser concretizada.  Tudo vai depender do comportamento do jogador – no caso, do time – no restante da competição.

O Cruzeiro é cheio de peças, detalhes, posicionamentos. A comparação com o xadrez não é ao acaso. O ‘Barcelona das Américas’ deve aprender com o original, que é um dos melhores da história, e entender que para vencer no futebol, não basta ser o melhor. Estranho isso, não é? Mas é verdade.

Fato é que o Cruzeiro, mesmo sendo o melhor da Libertadores, ainda não ganhou absolutamente nada além de status – que, sabemos, é algo perigoso. Derrotou os primeiros ‘peões’ do jogo com maestria e genialidade. O time está realmente incrível, como há muito tempo não se via – desde 2003 para ser mais exato. Possui uma variabilidade enorme de jogadas, uma movimentação envolvente, um banco de enorme qualidade… enfim. Elogiar o Cruzeiro hoje, é “chover no molhado”. Se toda a imprensa do continente já percebeu, eu, como apaixonado torcedor, que naturalmente sempre acompanha o time, pude identificar a muito mais tempo.

O curioso disso tudo é que, nas enquetes e comentários feitos por especialistas e torcedores, o Cruzeiro, geralmente, aparecia como 4° favorito entre os brasileiros que disputam a Libertadores. Estariam eles sendo leigos, bairristas? Não! Até mesmo os cruzeirenses cobravam reforços de ‘peso’! Tudo bem que a gente não sabia quem era Wallysson, mas a torcida exagerou nas reclamações, providas, na minha opinião, pelo excesso de fumaça – no que se refere a contratações do outro lado.

Aliás, o que é reforço de ‘peso’ para você? Torcedores e jornalistas, a todo momento, cobram esse tipo de contratação no futebol mineiro. Não há como negar que, em um time de Minas Gerais, as contratações são de nome, e até mesmo caras. São exemplos: Diego Souza, Édson Mendez, Jairo Campos, Réver, Ricardinho, Mancine, Richarlysson, Guilherme e tantos outros. Muitos deles tiveram até mesmo passagem pela seleção de seus respectivos países. O resultado, porém, foi bem aquém do esperado. Já do lado PRÓSPERO da lagoa contrata-se Wallyson, Montillo, Ramires, Marcelo Moreno… jogadores que não chegam como estrelas, mas com a tradição da camisa BRILHAM, como poucos no futebol mundial.

Estrelas essas, que são fundamentais para VENCER! Temos Montillo, temos Fábio, temos Roger. Podemos assim, dar o xeque-mate. Avante Guerreiros dos Gramados, agora, enfim, ser Tri da América!