Derrota da “falta de inteligência”


Ironicamente, vou ajudar os jogadores e a comissão técnica, dando a eles uma “desculpa esfarrapada” para explicarem mais uma derrota fora de casa – agora, a culpa é da “falta de inteligência”.

14.06.09 - Adilson Batista - Foto: VipCommQualquer pessoa com dois neurônios sabe que, do time que entrou em campo contra o Palmeiras, os únicos que têm alguma qualidade no passe eram Bernardo, Sorín e Marquinhos Paraná. Wanderley Luxemburgo mostrou que não é burro, marcou bem os três e o Cruzeiro simplesmente não apareceu em campo. E o Adílson Batista, que já cansou de dizer que estuda muito os adversários, mais uma vez não soube mudar o panorama do jogo.
 
Aliás, tirando estes três, Fábio e os jogadores que saíram do banco de reservas, o time inteiro foi uma completa vergonha. Ninguém marcou bem, ninguém passou a bola com qualidade, não teve movimentação dos jogadores sem a bola. Taticamente, o que aconteceu foi o clássico “nó tático”.
 
“Falta de inteligência” também do bandeirinha, que validou o gol de empate do Palmeiras – a bola bateu na linha e NÃO ENTROU – e o juiz, logo depois, que NÃO MARCOU PÊNALTI no Bernardo, que foi atingido por trás, na canela e dentro da área – lance inclusive para expulsão do zagueiro. A história do jogo seria outra.
 
O restante da “falta de inteligência” forma uma longa lista, mas a diretoria poderia usar esta humilde coluna como uma “pré-lista de dispensa por total falta de qualidade técnica”: Jancarlos (na lista dos “piores de todos os tempos”), Gustavo (sinto pena pela lesão, mas jogou muito mal), Léo Fortunato (nenhum desarme decente), Elicarlos (mais um dos “piores de todos os tempos”), Wellington Paulista (melhor zagueiro do Palmeiras hoje, a bola quicava nele e sobrava para os adversários) e Wanderley (fez ótima dupla com Wellington Paulista).
 
Ainda bem que este time medíocre vai para Atibaia. Se chegasse em Confins, merecia ser recebido por uma chuva de pipocas – ou melhor, por uma chuva de máscaras de um certo animal de orelhas grandes que é símbolo nacional da “falta de inteligência”, que encaixaria muito bem na cabeça de um monte deles.