De olho no G4


Após uma série de oscilações no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro foi parar na nona posição da tabela. Apesar de estar há nove pontos do grupo dos quatro primeiros, a equipe mineira está otimista e com foco na vaga da Copa Libertadores da América.

De sete reforços que vieram na “Era Roth”, apenas Rafael Donato não passou pelo departamento médico – apesar de ter precisado usar uma máscara de proteção na primeira etapa da competição. Esse fato vem prejudicando a Raposa no momento de definir a equipe titular pela falta de continuidade. Celso Roth terá de apostar em jogadores como Martinuccio, recém-contratado, no garoto Mayke, vindo das categorias de base, e até mesmo no volante Diego Arias, que está no time desde o dia 03 janeiro e fez apenas um jogo amistoso na temporada.

Embora seja uma difícil luta para a conquista dos nove pontos, que começa contra o Internacional, a equipe celeste tem uma vantagem histórica sobre o adversário: desde a semifinal do campeonato de 1987, há 25 anos, a equipe gaúcha não vence o Cruzeiro em Minas Gerais, no Brasileiro. Além disso, apesar do forte elenco, é uma equipe irregular e, nessa altura do campeonato, tudo pode acontecer.

Celso Roth devia entrar com um forte sistema defensivo, mas no esquema 4-4-2, utilizando os atacantes Martinuccio e Borges. Não é preciso jogar no 4-5-1 para obter uma boa marcação. Apostar num sistema ofensivo seria arriscado, visando as melhores condições do Internacional.

Logo após, o Cruzeiro vai enfrentar o terceiro colocado da competição: o Grêmio. Certamente, será um jogo mais difícil, em que, mais uma vez, teremos que cobrar mais da defesa celeste. O tricolor tem um ataque perigoso e dará trabalho para nossos zagueiros e, inclusive, para o goleiro Fábio.

É hora de mirar na parte de cima da tabela. Não estamos nas melhores condições de jogo, mas de pouco a pouco chegaremos lá. O time não pode perder o foco e muito menos depender da vitória ou derrota de outros. Com Roth ou sem Roth, temos que ser firmes. A solução para conquistar a vaga do G4 é ter os pés no chão e raça no peito.