De #FechadoComOCruzeiro a #RumoAoTri – União (importante) entre torcida e time


De #FechadoComOCruzeiro a #RumoAoTri – União (importante) entre torcida e time - Cruzeiro Esporte Clube

Domingo, dia de decisão. Depois de um atípico hiato sem um título de expressão, estamos prestes a voltar ao curso normal da nossa história. Com uma simples vitória, combinado a um empate do Atlético-PR contra o São Paulo (que, convenhamos, não é um resultado absurdo), nos sagramos Tricampeões do Brasileirão.

Uma boa parte dessa campanha deve ser creditada na conta do torcedor. Mas, antes dos bons momentos, convivemos com a insegurança, e não soubemos confiar em nossos dirigentes, talvez por medo de se repetir o que se viu nos últimos anos da gestão anterior. O ano de 2012 foi um ano de reconstrução, não era ano de brigar por título algum. Contratações modestas, no princípio da temporada, que se tornaram contratações pontuais a partir do meio do ano. Jogadores como Ceará e Borges, titulares nessa temporada, chegaram, mas mesmo assim não foi o suficiente para acalmar os ânimos do torcedor. Ainda mais quando, no final do ano, o presidente Gilvan nos trouxe a notícia de que o treinador de 2013 seria Marcelo Oliveira… Alguns cruzeirenses mais radicais (inclusive, na ala da imprensa) chegaram a falar em “Projeto Série B 2014”.

Um novo ano começou, e com ele, a notícia da venda do nosso principal jogador. Mais notícias ruins? Talvez nem tanto. Enfim, vieram as contratações e a desconfiança só começou a ir embora após o primeiro clássico. Ali, vimos um time guerreiro, que mesmo desentrosado, mostrou que, ao longo do tempo, poderia dar liga. Mas não foi ali que começou a arrancada…

Belo Horizonte, 19 de maio de 2013. O jogo era Cruzeiro x Atlético-MG, pelo segundo jogo da final do Campeonato Mineiro. A desvantagem de 3 gols seria um desânimo para qualquer clube do Brasil que enfrentasse um time da qualidade do adversário. Mas não foi pra nós. A China Azul se mobilizou e, numa sintonia enorme com o time, lotou o Gigante da Pampulha. O resultado não foi o esperado, mas a reação ao final da partida demonstrou que a confiança havia voltado. O fato dos torcedores não arredarem o pé do estádio, mesmo com o título do rival, e continuarem cantando e exaltando a entrega dos nossos Guerreiros, foi algo sensacional. Toda vez que algum torcedor rival quiser imagens dessa conquista, ele vai ouvir, ao fundo, a nossa torcida cantando e gritando no estádio. Não tem como não recordar essa cena e não sentir orgulho. Não é orgulho de ser vice-campeão, estávamos todos tristes com a derrota. Era orgulho da entrega do time, da vontade vista em campo. Naquele momento, queríamos dizer: estamos com vocês; deem o seu melhor em campo, que nós também daremos o nosso melhor apoiando.

Esse dia foi fundamental para o momento em que vivemos. Ali, eu tenho certeza, os jogadores encontraram a força que precisavam para a arrancada para um título dessa expressão. A união entre time e torcida ainda foi responsável por muitos outros momentos memoráveis na temporada, o qual destaco também a partida contra o Botafogo, vice-líder na época. Um verdadeiro show, tanto da China Azul, quanto dos jogadores. A atmosfera criada antes, durante e depois do jogo foi sensacional. Todo esse nosso apoio era a parte final de um planejamento, que poucos entenderam, mas que todos valorizam. Fizemos parte de tudo isso, principalmente, no apoio ao programa de Sócio Torcedor. Atingimos a meta da diretoria (40 mil sócios), e quase dois meses antes do que era esperado! E estamos prestes a colher o primeiro de muitos frutos desse planejamento.

Então, torcida celeste, quando o título vier, comemore como se fosse seu. Como se fosse não; esse título também é de cada um de nós!

NÓS SOMOS LOUCOS, SOMOS CRUZEIRO! NOSSA TORCIDA, NOSSA FORÇA!