14 jul Da escuridão à um belo horizonte
O Cruzeiro, enfim, está trilhando um bom caminho no ano de 2012. Depois de começar o ano como “um time pequeno” sendo comandado por um treinador ruim, e ainda, ter um plantel recheado de jogadores desconhecidos, a torcida pode, hoje, ter uma nova perspectiva sobre o time. É Fato que muita coisa mudou nos bastidores. Falando sobre aquilo que está aos nossos olhos, pois, estamos fora daquilo que realmente acontece lá dentro – muita coisa fica escondida-, a melhor mudança foi a troca do diretor de futebol. Alexandre Mattos confirma a ideia que todo cruzeirense já tinha, que, o anterior, Dimas Fonseca, não entendia absolutamente nada de futebol. Pagamos um preço por sua burrice: perdemos o Mineiro e a Copa do Brasil, que, por sinal, a competição da qual somos os maiores vencedores, foi vencida pelo Palmeiras – time que não é melhor que o nosso.
O importante é que o ataque, zaga, meio campo e a lateral-direita foram reforçados. Por que, pra mim, pouco importa se já temos 9 volantes. Fico feliz por vir Sandro Silva, que é melhor que a maioria deles. Abre espaço para a saída de Amaral, Árias e cia.
Vinda de Borges é excepcional! Sonho da torcida já há um bom tempo. Matador, raçudo, tem o perfil que precisamos. Wellington Paulista deixou de ser um atacante ridículo para voltar a fazer bonitos gols. Falta Wallyson voltar a jogar. Anselmo Ramon deve ser reserva. Às vezes entra, e salva a pátria.
Além disso, volta do Cruzeiro à Belo Horizonte, sempre lota o seu estádio com a apaixonada torcida. Mais um fator que dá força.
Um fator que preocupa muita gente: a alta média de idade. Considero normal. A disponibilidade de bons jogadores no mercado foram, em sua maioria, de idade avançada. No futebol de hoje, o bom profissional consegue jogar em alto nível por mais tempo. Seedorf jogou no Milan até os 36 anos, vem para o Botafogo para ser o craque do time com dois anos de contrato. O importante, agora, é saber planejar bem a equipe. Ter uma boa base, com esses jogadores de renome no futebol nacional – Borges, Tinga, Montillo, Ceará, Fábio e etc., e saber incluir os jovens da base. Lucas Silva, Élber e Pedro Paulo já fazem parte do grupo. Merecem ter oportunidade, assim como outros na próxima temporada.
O Cruzeiro iniciou uma nova fase. Começou de maneira desastrosa, mas já começa a arrumar a casa. Mudamos nossas perspectivas de ‘medo de ser rebaixado’ para ‘possibilidade real de vaga na Libertadores’. Título ainda é cedo, mas, somos Cruzeiro, e temos de sonhar! Vejo um belo horizonte pela frente.