Cruzeiro não se encontra em campo, perde Bruno Rodrigo e se complica no Campeonato Mineiro


Cruzeiro não se encontra em campo, perde Bruno Rodrigo e se complica no Campeonato Mineiro - Foto: VipComm

A expectativa antes da bola rolar era de um jogo difícil, mas a maior parte da torcida cinco estrelas estava confiante. A invencibilidade na temporada e os bons desempenhos recentes credenciavam o Cruzeiro a buscar uma vitória no Independência contra o Atlético-MG, tanto que Marcelo Oliveira manteve a formação ofensiva e montou o time para buscar o ataque.

Nos primeiros minutos da partida, aliás, o duelo parecia interessante para o time cinco estrelas. Everton Ribeiro, que se apagaria na sequência da partida, Diego Souza e, especialmente, Dagoberto, movimentam-se e buscavam alternativas, mas não o suficiente para ameçar o gol de Victor.

A partida seguiu e aos poucos o Atlético-MG passou a se sentir mais a vontade em campo. O melhor momento celeste foi apagado por uma finalização de Ronaldinho Gaúcho abafada por Fábio, mas que sinalizou a mudança de panorama na partida já aos 10 minutos do primeiro tempo.

Assustado com a investida adversária, o Cruzeiro se acuou. Os toques de bola foram substituídos por chutões e a Raposa demonstrou dificuldade em sair jogando. Everton, em tarde desastrosa, errava demais e aos 14 minutos foi dele a responsabilidade pelo primeiro gol atleticano. O lateral foi desarmado e a bola chegou a Ronaldinho Gaúcho. O meia lançou Jô que tocou na saída de Fábio e abriu o placar para o time alvinegro.

Em desavantagem no placar, o Cruzeiro foi se perdendo aos poucos na partida. Mesmo assim, neutralizava as principais jogadas do adversário, boa parte com faltas duras ou interrupções de contra-ataque, mesma tática adotada pelo rival para parar o ataque celeste. O resultado foi um primeiro tempo nervoso, com sete cartões amarelos, dentre os quais um para Bruno Rodrigo por atingir Victor em um lançamento na grande área.

Buscando mudar o panorama da partida, Marcelo Oliveira promoveu duas alterações logo no intervalo. Everton e Everton Ribeiro, ambos amarelados, deram lugar a Egídio e Ricardo Goulart, o que devolveu o time celeste ao jogo.

O Cruzeiro voltou para a segunda etapa tocando a bola e esperando os melhores momentos para investir no ataque, mas aos 8 minutos a equipe cinco estrelas sofreu um duro golpe. O amarelado Bruno Rodrigo fez falta em Ronaldinho Gaúcho e recebeu o segundo amarelo e o vermelho, dificultando o trabalho cruzeirense.

Mesmo com um a menos, porém, o Cruzeiro esteve próximo do empate quando Diego Souza acertou a trave de Victor. O passar do tempo, entretanto, foi cruel para o time cinco estrelas e o Atlético-MG aproveitou a vantagem númerica para ampliar o placar.

Aos 26 minutos, Ronaldinho Gaúcho cruzou e Paulão, que entrou no lugar de Dagoberto para recompor a defesa, afastou mal. A bola sobrou para Diego Tardelli que chutou com força e fez o segundo atleticano. Pouco depois, aos 33 minutos, Jô  cabeceou na trave e a bola voltou para Marcos Rocha marcar o terceiro.

Sem forças para reagir, o Cruzeiro ainda reclamaria de uma falta de Réver que deveria gerar o cartão vermelho ao zagueiro, mas o árbitro Pablo Santos, que substituiu Luiz Flávio de Oliveira, lesionado, não manteve os critérios adotados pelo primeiro árbitro e ainda amarelou Diego Souza por reclamação. Muito pouco, porém, para questionar um resultado construído a partir de uma má atuação coletiva e a perda de Bruno Rodrigo. Para ficar com a taça, o Cruzeiro terá que, no próximo domingo, fazer muito mais no Mineirão.