20 maio Cruzeiro luta, vence o Atlético-MG, mas não consegue reverter desvantagem

O torcedor Cinco Estrelas foi ao Mineirão ou acompanhou o jogo como deu com uma expectativa mínima. Ver o time Celeste lutar para reverter a desvantagem de 3 gols na final do Mineiro após a melancólica derrota na partida de ida da final do Campeonato Mineiro.

Cientes desta responsabilidade, os jogadores do Cruzeiro incorporaram o espírito de guerra e partiram para cima do Atlético-MG desde o primeiro minuto. Acuado, o rival contentava-se em tentar sair com lançamentos diretos buscando Jô, facilmente anulados por Paulão, Léo e Leandro Guerreiro, praticamente impecáveis na marcação durante a partida.

Precisando do resultado, o Cruzeiro apostava especialmente em investidas pelo lado esquerdo. Egídio e Dagoberto, este último em tarde inspirada, aterrorizavam Gilberto Silva e Marcos Rocha. Aos 18 minutos, Dagoberto invadiu a área atleticana e foi derrubado por Gilberto Silva. Vuaden não titubeou e marcou o pênalti, convertido pelo atacante para explosão da torcida cinco estrelas na arquibancada.

Animado com a vantagem no marcador, o time Celeste seguiu pressionando e Victor foi obrigado a realizar algumas boas intervenções. Com praticamente só um time buscando o ataque, o Cruzeiro, não demoraria para que o placar fosse ampliado. Aos 31 minutos, Borges sofreu falta de Richarlyson dentro da área e a arbitragem novamente assinalou a penalidade. Dagoberto, com precisão, foi novamente para cobrança e deixou a Raposa a um gol do título.

O intervalo da partida, porém, não fez bem ao Cruzeiro. No início da segunda etapa, o Atlético-MG voltou melhor e criou as melhores oportunidades, mas a defesa Cinco Estrelas seguia bem na partida e Fábio salvava quando era necessário.

Buscando acordar o time, Marcelo Oliveira promoveu as entradas de Ricardo Goulart, Anselmo Ramon e Mayke, mas as alterações foram pouco efetivas. Mesmo assim, o Cruzeiro conseguiu recuperar a posse de bola e aos poucos conseguia novamente chances de ameaçar a meta atleticana.

Aos 32 minutos, no entanto, os erros fatais que decretaram a perda do título apareceraram. O primeiro deles veio com Egídio, que errou um passe simples no meio de campo e forneceu um contra-ataque perigoso ao Atlético-MG. Na sequência do lance, Luan se preparava para entrar na área celeste quando foi derrubado por Léo. Vuaden, porém, entendeu que a falta foi dentro da área e marcou pênalti para o adversário. Na cobrança, Ronaldinho Gaúcho marcou para o time alvinegro e praticamente decretou o fim das esperanças cruzeirenses.

A sequência da partida reservaria ainda um lance lamentável. Luan fez falta dura em Dagoberto e iniciou com isso uma confusão que envolveu os jogadores das duas equipes. A arbitragem contemporizou e só expulsou o atacante alteticano, mas na sequência optou por encerrar o jogo, mesmo sem sinalizar os minutos de acréscimo.

Não faltou luta, mas a missão difícil de reverter o placar ficou incompleta. A China Azul, presente em grande número no estádio, reconheceu o esforço e aplaudiu. A taça não veio, mas o Cruzeiro deu sim sinais de que pode fazer uma boa temporada, apesar da perda do título estadual.