Cruzeiro joga bola dois minutos, no restante não deixa o Grêmio jogar


E a sina continua o feijão com arroz continua dando certo nenhuma derrota do Cruzeiro quando não mexemos na estrutura do time, simples.

Quando vi a escalação, vi a certeza de que Adilson realmente aprendeu a lição.

Obviamente o início do jogo não tinha como ser diferente daquilo, os gaúchos impuseram um ritmo alucinante logo de cara, tentando encontrar um gol logo ou até mesmo tirar a vantagem rapidamente.

Até os 20 minutos a única chegada do Cruzeiro com perigo foi o escanteio cobrado por Wagner, que esteve sumido em campo no primeiro tempo, aliás, o meio campo celeste se preocupava mais em marcar do que tentar jogar, mas temos que levar em conta que não podíamos entrar na correria e afobação gremista.

02.07 - Jogadores do Cruzeiro - Foto: VipCommAs coisas ficaram facilitadas porque a jogada aérea era uma das únicas táticas encontradas para chegar à área celeste, e às vezes eles encontravam espaços nas costas de Jonathan que não tinha se encontrado na marcação. Fabinho era um leão enquanto Paraná eficiente na cobertura, mas afobado ás vezes, dando chutões para cima, tentando tocar de primeira que não é a dele, sua melhor característica com a bola no pé é cadenciar o jogo, simplificar espaços. E foi esta tônica até aos 30 minutos, inclusive W. Paulista ainda não havia tocado na bola, Ramires que tomou cartão muito cedo, fechava muito bem à esquerda auxiliando Magrão que ainda não estava 100% fisicamente. Foi em uma cobrança de lateral totalmente despretensiosa que Kléber justificou ser jogador diferenciado, méritos para ele e para nosso centroavante que estava no lugar certo, tanto neste gol e principalmente no segundo, com grande jogada de Jonathan que teve o tino de esperar o tempo certo do cruzamento, o nosso atacante de olhar a linha da zaga e se posicionar em condições para finalizar.

O ímpeto gremista foi embora se limitando a jogar pela dignidade o restante do jogo. O Cruzeiro relaxou na segunda etapa, até em demasia, permitiu o empate, mas com a fatura consumada, era não se desgastar, e principalmente não entrar em provocações e evitar contusões com entradas ríspidas como foi dada pelo volante gremista expulso a seguir.

Parabéns ao time e a comissão técnica pela classificação.

Pontos fortes do time: O entrosamento e a união do grupo estão sobressaindo nos momentos difíceis, mérito do treinador; Fabinho e Kléber se destacaram individualmente.

Pontos fracos do time: Marquinhos Paraná tentando tocar de primeira, dar de três dedos e errando passes bobos, não é a dele, ele é a imagem do nosso Cruzeiro simples e prático, deve deixar estas jogadas para quem tem esta capacidade no elenco.

P.s.: Não por ser a final apenas, mas pelo time e pelo país, fazem deste conjunto da obra o jogo de 180 minutos mais difícil, não podemos nos iludir, vai ser difícil e mais saboroso no final.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.