09 out Cruzeiro desperdiçou 12 pontos em função de reações adversárias

Muitos torcedores cruzeirenses tem questionado a vontade de vencer da equipe cinco estrelas e a análise da forma que os tropeços do time celeste na competição tem sido construídos sugere que o Cruzeiro até busca a vitória, mas acaba se enfraquecendo ao longo do jogo e permitindo reações do adversário até mesmo quando a Raposa sai na frente.

Durante as vinte e oito rodadas disputadas até aqui, em sete delas quem saiu vencendo o duelo que envolvia o Cruzeiro não terminou a partida com a vitória.  E foi o Cruzeiro o grande prejudicado em seis dessas ocasiões.

A única vitória de virada da Raposa aconteceu na longínqua 3ª rodada, quando o time celeste bateu o Botafogo por 3X2 no Engenhão, após sair em desvantagem que chegou a ser de 2 gols de diferença. Em outros seis jogos, porém, o Cruzeiro começou com a vitória e acabou empatando ou sendo derrotado ao final dos 90 minutos.

Em três jogos, o Cruzeiro saiu na frente e cedeu o empate, mas em outros três o desempenho foi ainda pior e, após largar em vantagem, o time celeste permitiu a virada do adversário.

Mais preocupante que estes números, é o fato de que quatro destas reações permitidas aconteceram no segundo turno, que teve apenas oito jogos até aqui. Pior que isso, as três viradas sofridas pela Raposa na competição foram todas nesta parte da competição, sendo duas delas nas últimas quatro rodadas, cabendo destacar que nos outros dois confrontos neste período, o Cruzeiro sequer chegou a marcar um gol.

Fica claro, portanto, que o Cruzeiro vem apresentando em seu desempenho recente uma extrema dificuldade não só em vencer, mas em saber jogar com a vantagem. Mais do que isto, que o problema não é apenas o de qualidade do elenco, mas principalmente da postura da equipe nos jogos.

Falta de preparo físico ou erros táticos podem ser as explicações para esta incômoda situação. Contra o Grêmio, vimos um Cruzeiro recuar excessivamente e abdicar do ataque após sair em vantagem no placar e isto é fruto de orientação do treinador, especialmente quando o mesmo retira um atacante e lança um zagueiro em seu lugar durante a partida.

Independente da razão, o fato é que estes descuidos tem custado caro e tiraram o Cruzeiro da briga pelo G-4. Fosse o futebol um esporte em que quem marca primeiro, leva os três pontos, a Raposa estaria em 5º lugar com 48 pontos e a 2 do G-4.

Como o jogo tem 90 minutos, porém, redescobrir como jogar com a vantagem é fundamental para que os tropeços deixem de acontecer. Não recuar a equipe e chamar o adversário para o jogo, prezado Roth, já pode ser um bom começo.

Confira como seria a campanha do Cruzeiro caso o vencedor dos jogos fosse a equipe que saiu em vantagem no placar. Em negrito, os jogos que teriam vencedores diferentes do que ocorreu ao fim dos 90 minutos.