15 dez Cruzeiro começa a mostrar o perfil para 2023

Como já esperávamos para esse final de ano, o Cruzeiro começa a dar indícios do perfil do time para 2023 através dos primeiros reforços que vão sendo anunciados e especulados.

Como já vínhamos dizendo, nada de jogadores de “grife” e com altos salários. Mas no atual momento é bom ver a busca por jogadores jovens, precisando se firmar na carreira e que tenham força mental para entender o tamanho do desafio e a responsabilidade que é vestir o manto azul. Essa é uma  das apostas da equipe de Ronaldo para retorno financeiro no médio prazo com nomes como Matheus Vital e outros que ainda negociam a vinda com aquisição de parte dos direitos econômicos.

Outros nomes que vão sendo confirmados por empréstimo como Ramiro e outros ainda em negociação como Christian (Athletico) e Nikão (São Paulo) devem ajudar a mesclar experiência com os jovens remanescentes no plantel da última temporada. São jogadores que apesar de não serem jovens devem agradar nosso Papa e à torcida por terem o perfil de vontade, gana ou como imortalizou Nenem Prancha¹ “disputarem cada bola como se fosse um prato de comida para um faminto”. Essa frase inclusive foi dita há algum tempo pelo Casemiro, volante da seleção, para justificar sua “agressividade” no bom sentido da palavra. 

Reflexões deixadas pela seleção na Copa

E falando em seleção, como é doído ver nosso Brasil ser eliminado novamente nas quartas de final, com todo o drama do empate croata no final e das cobranças de pênaltis. Claramente faltou comando ao Tite pra manter os jogadores pilhados até o apito final. Costumo dizer que o comportamento dos jogadores em campo são um espelho do sentimento do seu líder fora dele, por isso gosto de técnicos como o Papa, Renato Gaúcho, Abel Ferreira e tantos outros. Sonho  em ver um técnico com esse perfil de liderança para 2026.

Mas o que mais nos faz refletir enquanto cruzeirenses ao ver a nossa seleção é não ver nenhum jogador formado no clube. Ainda mais se lembrarmos da nossa história, onde sempre tivemos jogadores na seleção que vestiram nossa camisa ou que foram formados aqui. É um reflexo das gestões passadas onde nossa base servia apenas à interesses próprios dos nossos gestores, como pudemos constatar em casos como do Messinho e outros que saíram de graça pela falta de profissionalismo que existia ali.

Falta de profissionalismo que hoje nos impede de buscar “dentro de casa” o perfil de jogador que o clube precisa para gerar receita com futuras vendas.  Até aparecem jogadores como Geovane que está sendo negociado, mas nenhum do nível de  revelações  como Endrik, Rodrygo, Antony e tantos outros que vemos estourar nos nossos adversários. Porém com a casa em ordem e com a gestão da base de Roberto Braga colheremos bons frutos no futuro, tanto pela gestão e organização como pela credibilidade que a atual gestão demonstra para jovens promissores que serão lapidados na Toca. 

¹Antonio Franco de Oliveira, mais conhecido como Neném Prancha, foi um roupeiro, massagista, olheiro e técnico de futebol brasileiro. 
Ganhou a alcunha de O Filósofo do Futebol de Armando Nogueira, por suas frases engraçadas. Wikipédia