21 ago Conhecendo o nosso time (Cruzeiro x Flamengo – Copa do Brasil 2013)

Agora é pra valer. Uma das competições mais traiçoeiras do mundo chega ao ponto mais emocionante e decisivo. A Copa do Brasil é o sonho de muitos, mas é realmente o desejo de poucos. Abaixo o torcedor cruzeirense poderá analisar um pouco sobre o Cruzeiro Esporte Clube (já contando os desfalques) que jogará contra o Flamengo nesta quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2013.

Nos últimos jogos o Cruzeiro deixou um pouco a desejar. Mas não precisa ser um expert em futebol para entender que um time não vai ser excepcional em todos os jogos de um campeonato. Tropeços fazem parte do percurso e dessas quedas lições são tiradas. O Cruzeiro já tirou essas lições e os jogadores terão plena consciência de que o jogo contra o Flamengo será decisivo.

Peças de reposição, “solidariedade” e volta do ataque avassalador

Mesmo com as contusões de alguns jogadores, o time do Cruzeiro “caiu de nível”. Quem entra para o time titular pode não ter as mesmas características do antigo “titular”, mas dá conta do recado e ajuda o time com suas características. Prova disso foi o jogo contra o Vitória. A belíssima partida do garoto Lucas Silva espantou o trauma da torcida cruzeirense, que viu o ex-técnico do time Celso Roth quase queimar o menino na temporada passada. O jogo deu moral e confiança para Lucas, que deu conta do recado e coloca “em risco” a volta de Souza ao time.

O Cruzeiro hoje não tem um artilheiro, que fez a maioria dos gols. Se você pegar o time que jogou contra o Vitória, por exemplo, quase todos os jogadores de linha do Cruzeiro já marcaram no Brasileiro (com exceção de Lucas Silva e Martinuccio). E isso ajuda na volta do “ataque avassalador”. O Cruzeiro ainda não terá a volta de Dagoberto, mas pode ter a chance de conhecer o estilo de jogo do novo camisa 10: Júlio Baptista. O 4-2-3-1 continua dando certo, e a manutenção de Willian e Lucas Silva no time titular pode ser interessante.

Concentração de Dedé e teimosia do treinador

Não se trata de cornetar. O time estrelado hoje pode se dar ao luxo de trocar um jogador da dupla de zaga, trocar um lateral ou um volante e conseguir manter o mesmo nível do time. No entanto, um dos dois zagueiros ainda alterna bons e maus momentos dentro de uma partida. Aos poucos, Dedé vai se adaptando e reencontrando o futebol que o fez chegar a Seleção Brasileira. O Mito consegue fazer uma boa jogada em um lance e no outro perde o foco e quase coloca tudo a perder. Mas faz parte, evoluções acontecem aos poucos.

Outro ponto a ser destacado é a teimosia de Marcelo Oliveira. Confiança nos jogadores de um grupo no campeonato é fundamental. Mas “excesso de confiança” pode ser prejudicial. Quem assistiu a partida contra o Grêmio viu que foi um risco ter mantido Luan em campo. Ele estava pendurado e poderia ser expulso e a derrota poderia ser humilhante. Mesmo correndo esses riscos, Marcelo está com crédito. Boa parte da torcida confia no trabalho dele. Ele só precisa trabalhar mais essa teimosia. Confiamos no time, confiamos no treinador e no retrospecto contra o Flamengo e na história com o Mineirão.