Clássico é clássico


Após uma série de oscilações ocorridas na primeira fase do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vai enfrentar o Atlético-MG, líder do campeonato. Embora sejam duas situações distintas, nas quais um luta pela permanência  na liderança e o outro, para chegar ao G4 , há um ditado popular que quebra totalmente esse contraste entre ambos: clássico é clássico.

 

No meio de toda essa caixinha de surpresas, mais conhecida como futebol, o torcedor celeste espera ansioso pela partida de domingo, 19ª rodada do Brasileiro. A Raposa, que acabara de sofrer uma goleada no jogo contra o Coritiba, terá de dar o seu melhor para poder prosseguir com a tentativa de conseguir uma vaga na Copa Libertadores de 2013.

O Cruzeiro tem uma supremacia formidável na história dos confrontos contra seu arquirrival quando os números falam da história recente. No período de poucas temporadas, goleou as ‘frangas’ nos jogos mais decisivos e nos momentos mais inesperados. De forma imprescindível, terminamos o Brasileiro de 2011 com um placar de 6 a 1 sobre o Atlético-MG, garantindo nossa permanência na Série A.

Este clássico acabou se transformando em uma chacota nacional, em que todos previam o vencedor da partida, e ele não seria o Cruzeiro. Entretanto, o placar elástico causou polêmica e revolta do outro lado da lagoa. Não entendo as dúvidas levantadas após o jogo, já que, desde 2008, o Cruzeiro aplica pelo menos uma goleada por ano.

Depois de muito tempo no ostracismo do futebol a diretoria galinácea formou uma boa equipe, motivo suficiente para grande parte dos jornalistas esportivos questionarem o que poderá acontecer no dia 26 de agosto. Mesmo com a péssima temporada de 2011, o Cruzeiro conseguiu manter a hegemonia. Será que é possível repetir esse feito neste ano? O que é preciso para nossa equipe vencer? Tudo se inicia com organização.

Roth precisará de muita sabedoria para escalar sua equipe, e para fazer as alterações corretas, nos momentos certos. Entrosamento, tranquilidade e raça são ingredientes fundamentais na receita da vitória. É preciso que o time faça um retrospecto das rodadas passadas, recordando-se de cada falha, para não repeti-la, e de cada acerto, para aprimorá-lo.

O comandante deverá aproveitar sua defesa marcando pressão, e entrar com um ataque ofensivo, contando com Borges e Wallyson na frente. Um jogo rápido, com toques curtos, ágeis, evitando rifadas de bola.

Vale lembrar que fizemos uma boa partida contra o Fluminense, que, particularmente, é o melhor time do campeonato. Se jogarmos no clássico da mesma maneira que jogamos no primeiro tempo do jogo contra o tricolor carioca, a probabilidade de sairmos vitoriosos será maior ainda.

Para nosso treinador esse clássico é apenas um jogo qualquer. Isso é preocupante. Como dizia Cris, não se pode perder um clássico. Se para Roth não há importância, para a China Azul o valor é imenso. Não são apenas os três pontos que importam. Há toda uma história atrás desse duelo.

 

A equipe deve se conscientizar de que são mais de oito milhões de torcedores esperançosos por cada gol, cada vitória, cada conquista. A torcida deve fazer sua parte nas arquibancadas, apoiando aos 90 minutos, e o Cruzeiro em campo, jogando como se fosse o último jogo da vida de cada um ali presente. A nossa camisa tem um peso peculiar. Por isso, é obrigação seguir com a nossa predominância do clássico.

[RÁDIO] No Guerreiros em Debate da última quinta, nossa equipe se reunio para um bate-papo sobre a preparação do Cruzeiro para o clássico, falamos sobre a formação da equipe, quem deve jogar no ataque e muito mais.

Foto: Bruno Cantini/Divulgação