Caminho turbulento até o final


Salve, salve China Azul!

Sem empolgação e badalação o torcedor pode esperar um bom campeonato. Não falo de título do time azul, falo de um campeonato honroso e que nos permita a classificação para a Libertadores 2013, como diria meu grande amigo Denílson Santos, lá do Barreiro: “Com o elenco que temos, já está de bom tamanho.”

Sendo assim, vamos partir para a realidade e aceitar que o Cruzeiro vai perder ainda muitos jogos durante o campeonato, que veremos partidas sofríveis e que temos pelo menos o alento de que não seremos rebaixados nem iremos passar o aperto e sofrimento vividos no ano passado.

O time não encaixou isso é visível. Aliás, acho difícil que um time com tantos jogadores no meio, que sabem apenas dar pontapé na bola, possa jogar bem. Além disso, a pelota está quente no pé dos jogadores, o que faz que cada um tente se livrar da redonda o mais rápido possível. O time não tem lucidez, repete erros infantis jogo a jogo, irritando o torcedor e o treinador também que dá mostras públicas, desde o início do campeonato, de que tem um elenco fraco que precisa ser qualificado para o restante do certame. Uma das coisas mais sensatas que escutei nos últimos tempos a respeito do Cruzeiro foi dita por um amigo, surpreendentemente ele é atleticano, mas teve um momento de lucidez e foi extremamente pontual em suas palavras: “- O problema é que o time do Cruzeiro não toca a bola, só sabe dar chutão.” É duro notar que às vezes um torcedor adversário conhece mais o nosso time que nossos próprios torcedores. Os jogadores não buscam o passe, não fazem jogadas agudas e pra piorar, parece não aceitar críticas.

Circulou pela internet da vida, uma suposta postagem de Wellington Paulista no Facebook, ironizando o banco que comeu no jogo contra o Palmeiras. Não quero julgar mérito ou dar voz a um perfil fake, como muitos que circulam nas redes sociais, mas, – neste momento friso o masssssssssssss – se for verdade, mostra o quanto falta profissionalismo neste jogador. Vale ressaltar que nenhum jogador recebe cartão de titularidade e que 80% dos “muitos gols” foram feitos de pênalti, pois com a bola rolando, está difícil ver algum gol ou boa jogada do atleta. Mesmo assim, quero novamente frisar que este puxão de orelhas só vale caso o perfil seja verdadeiro.

Acreditar sempre na vitória, mas com responsabilidade e cobrando firmemente da diretoria no momento certo. Este é o paradigma do torcedor celeste no Brasileirão. Torcer por um time que tem várias limitações, vem fazendo um campeonato que não é brilhante, mas que no momento o coloca em uma quinta colocação surpreendente, dado as projeções que apontavam o guerreiro como candidato ao rebaixamento.

Mesmo assim, queremos que a diretoria acorde para os erros passados e busque maneiras e parceiros que queiram ver o time Celeste grande. Digo isto, pois sou crítico da parceria entre Cruzeiro e o Banco do Mensalão mineiro desde o gênese deste acordo. O BMG é fundamentalmente rosa, sendo seu dono um ex-presidente galináceo. Até hoje não se explica um patrocínio extrativista e unilateral, que não respeita as cores e bandeiras pregadas por uma instituição que tem oito milhões de consumidores espalhados por todo o mundo, garimpa os diamantes de nossas divisões de base e os empurram a troco de migalhas para clubes europeus, deixando para o clube celeste apenas os jogadores que tem potencial mediano a ruim. É este mesmo “parceiro” que vende na hora errada jogadores chave para a formação do elenco, a troco de mixarias, como no caso de Ramires, ou fortalecendo rival como foi com o Henrique.

O presidente Gilvan sabe disso e espero que não renove o contrato ao final do ano, exorcizando este “exu”, que polui a camisa celeste, de vez. Meu pai fala que “você nunca pode deixar seu inimigo pagar suas contas, pois no futuro ele vai te cobrar o favor de uma forma muito desagradável.” É exatamente isso que o BMG fez com o Cruzeiro durante este período de, como já disse, “parceria”. O maior investimento de um clube é revelar jogadores na base, que jogam com vontade e respeito ao clube que o formou. Sendo assim, quero ver o Cruzeiro buscando maneiras de tornar os talentos em craques e ídolos do futuro. Quero ver o nosso time com parceiros que respeitam nossas cores e que invistam com a consciência que somos o maior clube de Minas e um dos maiores do Brasil, sabendo que temos respeito nacional e internacional, conquistado dentro de campo, não com “cartoladas ” ou “conchaves” firmados no calar da noite. Quero ver o Cruzeiro guerreiro e buscando de todas as formas reerguer-se a contragosto de muitos que se dizem “imparciais” e “que dão a voz a todos os mineiros”.

Lembro aos amigos que hoje, 23hs(AO VIVO), tem o Programa Guerreiros em Debate.

Um filho guerreiro não foge à luta.
Um abraço a todos.

Foto: VipComm