Bom resultado – apesar dos erros



O Cruzeiro quebra o tabu de vários anos contra o São Paulo e vence por 2×1. Apesar dos erros cometidos, o que importa é ter a vantagem na partida de volta.
 
Tem muita gente falando que “era melhor ter vencido por 1×0 do que por 2×1”. Do ponto de vista do regulamento, com certeza seria, porque sofrer gols em casa é vantagem para o adversário. Porém, prefiro olhar para o resultado e pensar “fizemos dois gols neles, mesmo desfalcados”.
 
27.05 - Jonathan, lateral - Foto: VipCommPois o time do São Paulo jogou com todos os jogadores de linha titulares, só o goleiro era reserva. E o Cruzeiro jogou sem Wagner, nosso camisa 10 e que está em grande fase. Com ele em campo, o resultado ontem seria mais elástico.
 
Três erros foram cruciais para o resultado de ontem, ao meu ver. PRIMEIRO, a falha da zaga no gol do Washington – deixar o Dagoberto cabecear dentro da pequena área é inadmissível. SEGUNDO, tirar o lesionado Thiago Ribeiro e colocar o Athirson – jogando assim, foi o momento em que o São Paulo mais cresceu no jogo. TERCEIRO, o Fabrício e seus ridículos chutes de fora da área – em pelo menos dois lances havia atacantes na área, prontos para receber um passe. Resolver sozinho, caro Fabrício, não dá.
 
Méritos também para a estreia de Zé Carlos, lembrando o folclórico Oséas, importante para o time pelo gol marcado. Pode até ter errado alguns lances, mas é raçudo e determinado, e ontem isso prevaleceu mais do que a técnica.
 
Um último detalhe. A arbitragem deixou o São Paulo bater à vontade mas, além disto, a falta que Richarlyson fez no Jonathan foi covarde, desleal e totalmente antiprofissional. Sei que existem dirigentes, jogadores e até torcedores que questionam a sexualidade deste jogador, mas não é dando chute nas costas de adversário que ele vai provar o contrário. Não por acaso, ele é o único jogador do São Paulo que não tem o nome cantado pela torcida ao entrar em campo. Ontem deu para entender exatamente o motivo.