Atropelando os gaúchos, o juiz e o racismo


O implacável Cruzeiro da Libertadores 2009 faz mais uma vítima dentro de casa, abre boa vantagem rumo à final, e mostra que a sintonia com a torcida está mais do que mantida.
 
Num jogo disputado como o de ontem, não adianta ficar falando muito de atuações individuais. A vitória é sempre o mais importante, e todos perceberam um Cruzeiro muito ligado, concentrado, buscando a vitória o tempo todo, jogando de forma muito competitiva – com marcação, raça e toque de bola.
 
Claro, tem sempre aqueles que se destacam. Kléber jogou para o time, fora da área, armando jogadas. Wagner e Marquinhos Paraná tomaram conta do meio de campo. Por outro lado, Thiago Heleno está precisando jogar de forma mais séria, quase que ele põe tudo a perder numa bola mal dominada no primeiro tempo. Ainda bem que a bola sobrou para Maxi López.
 
No lance do gol do Grêmio, não vi falha de Fábio. A torcida pode até ficar p*** da vida porque ele nem pulou na bola, mas vejam o lance de novo: Souza é um grande batedor de faltas, e ele colocou a bola com força e precisão, exatamente por cima da barreira.
 
Agora é buscar os três pontos contra o Avaí – que estamos precisando muito, diga-se de passagem. E já ir preparando o espírito para o segundo jogo da semifinal da Libertadores. A torcida está eufórica com este time.
 
Dois pitacos finais:
 
1- Eu assisto partidas de futebol desde 1991 e pela primeira vez eu vi um lance de substituição de juiz. O problema é que o “reserva” conseguiu ser pior do que o “titular”…êta dupla de “juiz de futebol de botão” ruim, sô!!!
 
2- Sobre a tal acusação de racismo. O Maxi López é marrento e provocador, mas o Grêmio também tem jogadores negros no time (Perea, Douglas Costa, Joílson e Makelele). Elicarlos é um rapaz humilde e trabalhador, e Wagner também foi tirar satisfação do argentino na suposta ofensa. Sem desconfiar deste ou daquele, para mim é simples: se provar que teve ofensa, vamos punir o culpado; se não provar nada, bola pra frente.