07 jul Análise da final da Libertadores 2009
Salve nação celeste! A cada fase da Libertadores que se iniciava fazíamos aqui uma análise dos confrontos que ocorreriam na competição , destacando a campanha na competição de cada equipe, sua campanha no campeonato nacional e fazendo uma breve análise do confronto.
Chegamos a grande final e não seria nesta fase que faríamos diferente. É hora de analisarmos os números das duas equipes e destacarmos as chances de cada uma dé-las de levar o título. É claro, no entanto, que acreditamos que a taça virá para a Toca da Raposa e na análise justificaremos o porque.
Final: Cruzeiro X Estudiantes
Cruzeiro: Campanha no Campeonato Nacional: 13º colocado no Campeonato Brasileiro
Campanha na Copa Libertadores: 12J, 9V, 2E, 1D, 21 GP, 10GC, 11S. Classificou-se em primeiro lugar no Grupo 5 da 1ª fase. Eliminou Universidad do Chile, São Paulo (BRA) e Grêmio (BRA) no mata-mata.
Estudiantes: Campanha no Campeonato Nacional: 6º colocado no Clausura 2009
Campanha na Copa Libertadores: 14 J, 9V, 2E, 3D, 19GP, 7GC, 12S. Classificou-se na pré-Libertadores após eliminar o Sporting Cristal (PER). Classificou-se em segundo lugar no Grupo 5 da 1ª fase (atrás do Cruzeiro). Eliminou Libertad (PAR), Defensor (URU) e Nacional (URU) no mata-mata.
Análise: Cruzeiro e Estudiantes se enfrentaram duas vezes na Libertadores com uma vitória para cada lado. Quem jogou em casa venceu o adversário e venceu bem, mas o resultado das duas partidas foi mentiroso.
Na estreia do Cruzeiro na competição o Cruzeiro vencia o Estudiantes por 1 a 0 e enfrentava dificuldades contra o adversário. O jogo mudou com a entrada de Kléber no segundo tempo. O Gladiador em 15 minutos fez 2 gols e foi expulso. Nesta hora, o placar no Mineirão já marcava 3 a 0, resultado final da partida.
A vingança dos argentinos aconteceu na partida de volta. O Estudiantes, que estreava técnico novo, corria risco de ser eliminado ainda na primeira fase da Libertadores. O Cruzeiro tinha ido para a Argentina para garantir a classificação para a segunda fase, mas um imprevisto atrapalharia os planos do clube. Uma manifestação na estrada até o estádio fez com que o Cruzeiro tivesse que procurar um caminho alternativo e chegasse 40 minutos atrasado ao estádio. Entrnado frio em campo, os jogadores celestes não resistiram a pressão inicial dos argentinos que abriram 2 a 0 logo nos primeiros minutos e foram presas fáceis na pior partida do clube na temporada que terminou 4 a 0 para o Estudiantes.
As duas equipes foram as sobreviventes do grupo 5 e chegaram a final após campanhas praticamente idênticas no mata-mata. Invictos, Cruzeiro e Estudiantes passaram pelos duelos das fases finais da competição vencendo 5 partidas e empatando uma. Todavia, as classificações vieram graças a setores diferentes em cada uma das equipes: O ataque celeste e a defesa platina.
O Cruzeiro marcou 12 gols no mata-mata e teve o melhor poderio ofensivo entre os clubes que disputaram esta parte da Libertadores. A defesa, porém, sofreu 5 gols nestas fases, bem mais do que o único gol que o Estudiantes sofreu no mata-mata, justamente na última partida da semi-final contra o Nacional (URU). O ataque argentino, no entanto, foi bem inferior ao celeste marcando apenas 8 gols nos duelos finais da Libertadores.
Os números mostram que tratam-se de duas equipes com estilos diferentes. O Cruzeiro surge com um ataque mais poderoso, enquanto o Estudiantes privilegia um sólido sistema defensivo. Todavia, é inegável que os adversários que o Cruzeiro deixou para trás na competição são de maior qualidade que as equipes eliminadas pelos argentinos que perderam boa parte de sua força com a lesão do lateral Angeleri, também da seleção argentina.
O Cruzeiro, por sua vez, contará com um jogador que foi desfalque em duas partidas no mata-mata e grande arma ofensiva do clube. Trata-se do volante Ramires, jogador da seleção brasileira e que dispensa apresentações. Junto com Kléber, Wágner e Wellington Paulista (fundamental para a classificação contra o Grêmio marcando três gols), Ramires forma o quarteto que deve incomodar a zaga argentina. Atrás, Leonardo Silva e Fábio são os principais destaques da equipe.
O Estudiantes, por outro lado, também conta com bons valores individuais embora dependa bastante de Verón, que vem sentindo contínuas lesões, mas que foi decisivo para a vitória sobre o Nacional (URU) na primeira partida da semi-final com uma jogada de gênio para o gol que deu o triunfo para o Estudiantes. Mauro Boselli é a outra grande ameça ofensiva dos argentinos. Na linha defensiva, os destaques são o zagueiro Desabato e, principalmente, o goleiro Andújar, que após uma fase de muitas falhas tem se destacado com excelentes defesas no gol dos pinchas.
Cruzeiro e Estudiantes prometem fazer uma grande decisão na Libertadores. Ao longo da competição, as duas equipes tiveram grandes momentos e fizeram por merecer a vaga na decisão, principalmente após mostrarem força ao sobreviverem as três fases anteriores à final de forma invicta. O Cruzeiro, graças ao maior número de jogadores com potencial para decidir, é o favorito para uma final que promete, no entanto, ser bastante equilibrada.