Alô Motorista, pode parar o “busão” que eu quero descer pela porta do meio agora!


Salve, salve China Azul!

É isso mesmo nação de guerreiros. Acabou o ano para o time celeste. 2012 merece ser riscado do calendário histórico do time celeste, pois será lembrado como o ano de uma das temporadas mais melancólicas já presenciadas por seus apaixonados torcedores.

O Cruzeiro entrou neste campeonato igual um fusca velho com motor remendado. Algumas horas acelerava e parecia que aguentava a batida, outra hora o motor rateava ou a correia escapava fazendo o time perder gás. Aconteceu até de acabar a gasolina e ter que ir longe para buscar o impulso para que a turma de trás não nos ultrapassasse.

Mas aos trancos e barrancos o time azul se garantiu na elite do nosso esporte bretão, fazendo jus à sina de ser INCAÍVEL. Mesmo assim, clube grande não pode se dar ao luxo de fazer duas temporadas tão ruins como vimos nestes dois últimos anos. Tampouco podemos admitir que seja feito um planejamento tão ridículo na preparação do time celeste.

Tudo começou errado lá atrás. Desculpas não faltam: pouco dinheiro, mercado ruim, falta de sorte, despreparo de alguns dirigentes… tudo “prosopopeia para acalentar bovino ruminante” ou no bom e puro português: CONVERSA PRA BOI DORMIR.

O grande entrave do time este ano foi a incompetência daqueles que tomam conta do futebol celeste. O Cruzeiro é grande demais para se dar ao luxo de manter um aloprado despreparado e inábil como Dimas Fonseca. Desde o início do seu trabalho todos sabiam que não daria certo. Além disso a troca de presidência e corpo administrativo trouxe chagas difíceis de cicatrizar, a principal dela: COFRES VAZIOS.

Em nome da retidão, do crescimento do clube e da veracidade dos fatos é preciso uma audiência transparente, que analise minuciosamente todos os negócios celestes ao longo da dinastia perrellista. É impossível um clube como o Cruzeiro, conhecido como o MAIOR VENDEDOR DO FUTEBOL BRASILEIRO, chegar ao início de um ano com cofres vazios.

NÃO ME VENHAM COM DESCULPAS, se queremos o Cruzeiro forte precisamos colocar o dedo na ferida. Se a torcida teve força e levou mais de três mil guerreiros para a Praça Sete, pedindo o retorno do Maestro Azul, temos força para ir até à sede administrativa pedir sindicância das contas celestes.

Sempre falamos que existe momento certo para apoiar e para cobrar. Com o time garantido na divisão maior no próximo ano, chegou o momento de cobrar firmemente transparência no clube, maior flexibilidade no estatuto dando poderes para o sócio torcedor e que os culpados, os caras-de-pau que se beneficiam dos rendimentos celestes, sejam veementemente punidos, para que sirvam de exemplo e que num futuro próximo, outros não se atrevam a colocar as mãos sujas no patrimônio que é de mais de oito milhões de apaixonados torcedores.

Ano que vem será o ano do reerguimento de um gigante chamado: CRUZEIRO ESPORTE CLUBE. Nosso maior retorno não estará dentro das quatro linhas, estará guardando eternamente o gramado onde faremos vítima todos que se atreverem desafiar um Guerreiro acostumado a destruir sem piedade seus adversários.

No Mineirão teremos nossa identidade como “Melhor time brasileiro do Século XX” restituída. É nossa casa, é nosso domínio. O Gigante da Pampulha intimida os adversários assim que eles chegam à sua porta. É um templo colossal que impõe sua grandeza aos que o desafiam; em nossos domínios será difícil encarar a soberania celeste.

Em nosso estádio teremos um reforço absurdo no caixa celeste, além de poder criar outras formas de renda, aumentar o programa de Sócio-Torcedor. Seria épico voltar ao estádio com a disputa da Libertadores, por isso mesmo o time deveria ter sido bem planejado um ano atrás. Mas a morosidade e incompetência usurparam a chance de brindar a reabertura da Toca da Raposa III com o Cruzeiro buscando o tricampeonato do torneio continental.

Como alento acredito que teremos a disputa da Copa Sulamericana. Não é a Libertadores, mas se o Cruzeiro encarar com seriedade, poderemos ter um ano de conquistas e de superação após duas temporadas terríveis. Disputando quatro torneios (Rural, Copa do Brasil, Sulamericana e Brasileiro) o time celeste teria condições de reconquistar o apoio do torcedor e o respeito dos adversários. E em 2014 veremos novamente o Cruzeiro temido por quem o enfrenta.

Fica o aviso à diretoria: em 2013 NÃO VAMOS ACEITAR JOGADORES MEDIANOS OU MERCENÁRIOS EM FIM DE CARREIRA. É bom montarem um time à altura da história celeste ou como diria a música: “Agora o bicho vai pegar.”

A torcida celeste é uma das mais apaixonadas e exigentes em todo o mundo. Exigimos RESPEITO ÀS TRADIÇÕES DO CLUBE, queremos um grupo que tenha rápido toque de bola, bons talentos da base mesclados com jogadores de qualidade que respeitam nossa cor. Isto mesmo, NOSSA COR, pois somos o time celeste, somos não um time, mas uma nação de Guerreiros que pinta seu rosto de azul e forja seu escudo com as estrelas mais brilhantes do firmamento. Queremos um treinador que valorize o toque de bola, a inteligência, as jogadas pelas pontas, o futebol arte acima de tudo.

Como é bom ver jogadores como Montillo ou Martinuccio, que se entregam e buscam fazer o jogo bonito sempre. A torcida está cansada de Willians Magrões, Marcelos Oliveiras, Leandros Guerreiros, Sandros Silvas da vida. Não vou citar nomes para não desmerecer o profissional, contudo, que sejam profissionais em outras terras, pois em nosso Esquadrão Azul só temos espaço para jogadores que sabem tratar bem a redondinha. Chega de técnicos retranqueiros e que não conhecem uma linha da história celeste. Queremos ver o Cruzeiro voltar à sua tradição, pois foi assim que se fez grande, foi assim que se tornou temido.

Um abraço a todos e que os bons ventos voltem a soprar para os lados da Toca, trazendo uma renovação no elenco e no espírito daqueles que ficarem para o próximo ano. ESPERO QUE SEJAM POUCOS, DOUTOR GILVAN DE PINHO TAVARES!

Um filho guerreiro não foge à luta, um abraço a todos!