Acomodação: é hora de deixá-la de lado


Acomodação: é hora de deixá-la de lado - Cruzeiro Esporte Clube

Segunda derrota seguida… Sinceramente, nem o mais pessimista dos cruzeirenses acreditava que fôssemos passar por isso, tal era a tranqüilidade que o time conduzia o Campeonato Brasileiro 2013. O mais regular entre todos os times da Série A vive o seu momento de instabilidade. E não é difícil descobrir o por que.

Na partida contra o Náutico, já apresentamos um princípio de queda de rendimento. Quem se lembra de como foi a primeira etapa? Horrível. Finalizações ao gol, só a que balançou as redes, com Goulart. Afrouxamos demais a marcação, e o Náutico conseguiu jogar entre as nossas linhas, trocando passes com certa facilidade. Logo na volta para o segundo tempo, conseguimos um gol, que tranquilizou a situação, fazendo com que o time jogasse mais solto e abusasse dos contra-ataques.

Contra o São Paulo, um jogo inegavelmente mais duro, essa única bola que serviria para tranquilizar o jogo apareceu, nos pés de Willian e… Bem, não é necessário comentar o lance. O fato é que o time começou a dar bastante espaço, e ainda não teve a criatividade de antes. Quando o jogo caminhava para um empate sem gols, o São Paulo teve as suas chances, aproveitou e saiu com os três pontos.

Hoje continuamos a ver mais do mesmo. Muito espaço nas laterais, novamente a marcação muito frouxa e muitíssimos erros de passe. Eram poucas as vezes que o Cruzeiro recuperava a bola e conseguia ligar um contra-ataque rápido. Até Nilton, sempre tão regular, destoou.

Uma palavra é essencial para explicar o mau momento: acomodação. Estamos tão mal acostumados a ver aquela bola improvável entrar, a ver aquele jogo difícil ser resolvido em apenas um lance, que confiamos que isso sempre acontecerá. Contra o Náutico, aconteceu; contra São Paulo e Atlético-MG, não. Deixamos de jogar com a “faca nos dentes”, e passamos a jogar de acordo com a nossa vantagem, e com os resultados dos times que estão logo abaixo da tabela.

Sim, a vantagem é realmente grande, e sim, somos melhores que Grêmio, Botafogo e Atlético-PR, mas a questão não é essa. Precisamos voltar a ser eficientes, voltar a praticar o futebol de quatro rodadas atrás, e não administrar resultados. O Cruzeiro, por tradição, nunca soube jogar administrando vantagem; muito pelo contrário, somos conhecidos por não ter piedade, mesmo quando a vitória já é certa. Temos de voltar a jogar como se o Grêmio tivesse logo atrás, como se só um erro bastasse para perder a liderança. Precisamos de sangue nos olhos!

Um recado para a torcida: não deixemos de acreditar, mas não entremos no papinho de “já ganhou”. Com essas duas últimas rodadas, percebemos que ainda precisamos que o nosso futebol esteja no mais alto nível para nos sagrarmos Tricampeões Brasileiros. Temos totais condições para isso; o título está à nossa mercê. Mas precisamos voltar às nossas origens.

NOTA TRISTE: Por causa das atitudes de alguns IRRESPONSÁVEIS que se dizem torcedores do Cruzeiro (torcedores nada, esses são VÂNDALOS por natureza), corremos o risco de sermos denunciados e perder mando de campo logo na reta final do Brasileirão. Todos sabem o quão foi importante a reabertura do Gigante da Pampulha para a reestruturação e o crescimento do time. Por causa de uns IMBECIS, podemos não decidir o título em casa. Esses “torcedores” não me representam.