A vez do vôlei: sempre Cruzeiro!


A torcida do Cruzeiro vive um momento de êxtase. Triunfo no futebol, tanto na boa fase dos campeonatos que o time disputa, Libertadores e Mineiro, quanto ao assumir a sétima posição no CNN’s Top 10: World Club football poll. Sem contar, é claro, no vôlei, meu destaque especial de hoje.

O Sada/Cruzeiro veio para ficar. O time formado em 2006 mostrou que para se integrar à elite do esporte no país não foi necessário muito sacrifício ou investimento milionário em estrelas. Pelo contrário, ele foi o berço de uma constelação onde cada atleta, com sua luz própria, contribuiu para uma final inédita na Superliga Masculina de Vôlei, principal competição nacional da categoria. Cruzeirenses e amantes do esporte também deram a sua contribuição, mas o mérito é deles, dos guerreiros das quadras. Até outro dia, os 17 jogadores da temporada eram, em sua maioria, anônimos. Vôlei era segundo plano para os veículos de comunicação e a arquibancada não era tão disputada. Uma “re”volução. A equipe celeste, humildemente, se mostrou unida, superou desafios, lutou contra acusações injustas e venceu. Venceu as barreiras e é hoje o assunto dos jornais, dos maiores do país, por sinal. Os atletas caíram na graça dos torcedores e admiradores do esporte cresceram de forma considerável. Impressionante. Merecido.

Foto: Internet/DivulgaçãoUm dos integrantes do Sada/Cruzeiro, o líbero Sérgio Luiz Seixas Francia Nogueira, o Serginho, de 32 anos, pôde desde a última partida contra o Vôlei Futuro, perceber pelas redes sociais o assédio dos fãs. Ele tem mais de 1.700 seguidores no Twitter e durante a semana não parou de receber mensagens que, carinhosamente, fez questão de responder. Ele garante que a torcida é peça fundamental nos jogos decisivos. “A torcida tem sido diferencial nos nosso resultados dentro de casa. Apoio incondicional ao time que se dedica cada vez mais em busca dos títulos”, disse. Serginho se integrou à equipe em junho do ano passado e, segundo ele, fazer parte dela é um marco na história do clube e em sua carreira.

Quando questionado sobre a decisão no próximo domingo, dia 24, no Mineirinho, ele garante que será um jogo difícil e de alto nível. “Todo cuidado é pouco, os detalhes serão decisivos”, ressaltou. O líbero do Sada/Cruzeiro também destacou o que difere entre o Mineirinho e o Ginásio do Riacho, onde disputou vários jogos durante a última fase da Superliga. “A principal diferença é a referência pelo tamanho dos ginásios. O Riacho é caldeirão, torcida pressiona de perto e as dimensões ajudam na adptação para o jogo. Mineirinho é gigante, muito alto e a arquibancada fica distante da quadra”, explicou.

De acordo com Serginho, a adrenalina está mais presente nos últimos dias. No entanto, para ele o que importa é manter a rotina, não mudar os hábitos e saber aproveitar o momento, porque, segundo o líbero, um dia acaba. “Procuro aproveitar a sensação, poucos atletas chegam a final de uma Superliga. Um dia estarei em outra profissão e terei certeza que vivi intensamente todos os momentos da minha carreira”, completou.

Rebatendo com Serginho:

Vôlei: Profissão
Equipe: Cruzeiro
Serginho na quadra: Vibração
Serginho no dia-a-dia: Pessoa comum
Vício: Twitter
Mania: Pontualidade
Ídolo: Admiro muitas pessoas, principalmente aquelas que lutam por um Brasil melhor.
Fãs: Orgulho
Sada/Cruzeiro: Organizacão
Marcelo Mendez: Profissional diferenciado
Motivação: Vencer
Adversário: Eu mesmo

Mariana Borges (@mariana_borgess), é cruzeirense apaixonada, jornalista, assessora de imprensa na Câmara Municipal de Belo Horizonte, repórter da TV Guerreiro dos Gramados e pós-graduanda em Produção de Mídias Digitais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Siga o GDG no twitter: @gdosgramados.