25 abr A verdade sobre o mandatário monocromático
Nós últimos dias, vimos em demasia, o homem que manda no timeco do cais seco da lagoa, Alexandre Kalil, distribuindo declarações polêmicas, inclusive, colocando em suspeita a idoneidade de alguns profissionais do esporte.
Levantar suspeitas sem ter provas já não é considerado ético e correto. Utilizar deste “artifício” como uma clara ferramente de demagogia, é digno dos incompetentes.
Supõe-se que para levantar suspeitas sobre a direção moral de qualquer pessoa, exige-se, pelo menos, que você também não seja suspeito. Uma pessoa que já sentiu na pele acusações graves, que até hoje não foram investigadas a fundo, deveria ser um pouco mais empático, e ele passa longe da empatia. Mas, de certa forma eu entendo: Colocar em jogo a integridade moral de outros, tira o foco da sua. Essa é principal lei da politicagem.
O que pouco se sabe, é que há pouco tempo atrás, a empresa administrada por Alexandre Kalil, a Erkal, esteve sob suspeita de receber dinheiro irregular do “valerioduto” no Governo de Eduardo Azeredo.
Como no Brasil, tem-se o foco na apuração de apenas do que está na mídia, o caso foi “abafado”. Contudo, chegou a ser divulgado, como relatado no trecho abaixo, retirado do Governo de Santa Catarina:
“Se o STF aceitar a denúncia, vão responder a ação penal por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Segundo relatório da Polícia Federal, que apurou o valerioduto, seis empreiteiras fizeram doações ilegais a Azeredo: Erkal (R$ 101 mil), ARG (R$ 3 milhões), Queiroz Galvão (R$ 2,36 milhões), Egesa (R$ 1,8 milhão), Tratex (R$ 903,5 mil) e Servix (R$ 50 mil). “
Além destes e outros agravantes, a tal empresa, investigada pela polícia federal no período do “Mensalão Mineiro”, possui dívidas tão vultuosas quanto as contraídas pelo pequeno time zebrado de Vespasiano. Claro, em proporções diferentes.
Esta coluna não é escrita para julgar ou culpar, isso deve sempre ser deixado nas mãos do nosso bem elaborado, mas mal trabalhado sistema judiciário.
Todavia, seria muito mais ético deixar de demagogia. Refletir um pouco sobre o quanto pessoas idôneas podem ser prejudicadas quando vítimas de palavras mal proferidas.
Poucos perceberam, mas o tal profeta da justiça, jamais assumiu a culpa de suas derrotas como cartola. Outrora o problema foi a chuva que atrapalhou, depois os jogadores que “se borraram”, e constantemente a arbitragem, federações, confederações e comissões. Ainda bem que eles desconhecem que aceitar as derrotas, corrigir os próprios erros, é um grande fator de evolução.
Deveriam começar assumindo que são pequenos…
Fontes: http://www.terra.com.br/istoe//edicoes/1977/artigo61479-3.htm
http://www.sc.gov.br/clipping_governo/noticia_int.asp?str_data=08/01/2008&cd_noticia=28