A genética do torcedor cruzeirense


A genética do torcedor cruzeirense - Cruzeiro Esporte Clube

Salve Guerreiros! Imagino que vocês já devem estar no mínimo intrigados com o título do texto… Vamos filosofar um pouco sobre a genética cruzeirense e convido todos vocês a uma viagem que começou na sexta-feira, 27 de julho de 2013, na qual vamos contar a epopeia de Matheus Reis, meu sobrinho.

O nosso pequeno herói, de apenas dez meses de idade, entrava em um veículo para uma jornada de oito horas de estrada, saindo de Paraty rumo a Belo Horizonte para um fim de semana tipicamente cruzeirense, cujo objetivo final era o Mineirão, para o clássico. Nascido em Paraty, grande é o desafio de manifestar sua preferência estrelada diante de tantos torcedores de times cariocas, inclusive dentro dos familiares (Avô, avó, tias…). O Pai e os tios, cruzeirenses, preocupados em ensinar o menino o caminho a seguir por toda vida, se encarregam em ser o referencial para o pequeno Matheus.

Voltemos ao nosso assunto, à genética. Por definição, genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ela é quem define quem somos, a cor dos nossos olhos, cabelos, pele e por aí vai. Toda carga de hereditariedade é transmitida através das gerações e o estudo dela nos fez aprender algumas questões, entre elas os genes serem dominantes ou recessivos. Dominantes, são aqueles que estabelecem uma característica do indivíduo pelo simples fato de estarem presentes na carga genética. Recessivos, são aqueles que só marcam uma característica se for encontrado em pares, isto é, se houver um gene dominante ele dominará sobre o recessivo nas combinações. Não sou professor de biologia ou ciências e não vou me aprofundar sobre o tema, mesmo porque, a essa altura do campeonato vocês já devem estar se perguntando o porquê desse assunto e o que isso tem a ver com nosso pequeno Matheus, certo?

Bem, uma coisa que sempre digo: “Cruzeirense não vira, não aprende a torcer. Cruzeirense nasce!” É isso que chamo de genética cruzeirense. Nosso “gene azul” é dominante. Ele marca característica apenas por estar na carga genética. Quando cantamos “Nas veias tenho sangue azul do meu clube amado” é disso que estamos falando. E é assim com nosso pequeno herói. Apenas dez meses, uma viagem de oito horas, um fim de semana em uma cidade diferente da dele, em uma casa diferente da dele e pela primeira vez em um estádio de futebol, logo em um Cruzeiro x time do código de barras e a manifestação de um pequeno torcedor ilumina o coração de um pai, de um tio e não poderia deixar de compartilhar isso com toda China Azul, para que vocês sejam iluminados também… Assistam ao vídeo e vocês vão entender tudo que acabaram de ler.

Entenderam por que eu precisava dividir isso com vocês? Hoje sou um tio orgulhoso, assim como meu irmão (o pai) também. Essa experiência foi mais que um jogo de futebol, foi um insight, uma revelação de como nossa missão transmitir a nossos filhos esse sentimento pelo Cruzeiro é muito mais fácil que imaginamos. Afinal, eles já nascem assim, ou alguém tem dúvida disso?

Saudações geneticamente celestes a todos!