Vacilando, consertando e vacilando de novo, Cruzeiro “evita” G-4


O Cruzeiro não quer o G-4. Afinal, para que permanecer na cabeça da tabela? É claro que a história não é essa, mas é o que parece. Antes havia perdido a chance de habitar neste seleto grupo contra o Prudente. Agora, o São Paulo se aproveitou.

Vacilando, consertando e vacilando de novo, Cruzeiro “evita” G-4 - Foto: VipCommO primeiro tempo do time mineiro foi terrível. Um terrível diferente, é verdade. Esse adjetivo engloba mais a parte psicológica, embora a parte técnica não escape. Ou seja, o Cruzeiro foi um visitante mansinho, que não queria nada que os donos da casa também não quisessem dar. Foi um time um tanto capacho, aquele que todos os outros adoram acolher, já que não dão “nenhum” trabalho. Só não foi mais tranqüilo para o São Paulo, porque o próprio time paulista anda mal das pernas. Então houve o equilíbrio, que foi quebrado com um gol que viria ser de forma óbvia num duelo tão nivelado por baixo, que foi de bola parada.

O segundo tempo foi algo completamente diferente. O nível subiu, e fez jus ao grande clássico que esses dois times realizam. Caçapa entrou bem, e saiu Diego Renan, que não fedia nem cheirava. Rômulo, por sua vez, fedia, mas ele deixou tudo o que nós não gostamos no vestiário e voltou renovado, jogando bem. O Cruzeiro mostrou certa dependência de Thiago Ribeiro, que, tirando o lance dos dois gols, foi muito mal em todo o resto.

No primeiro gol do Cruzeiro, confusão. No segundo, genialidade de Montillo e competência de Thiago Ribeiro. Roger entrou mal, acertando uma e errando outra. Ao Robert não cabem avaliações, já que ele mal respirou dentro de campo.

Vinha tudo certo após a virada do Cruzeiro, até que Fernandinho começou a criar a jogada que resultou no gol de empate. Fato interessante é: TRÊS, três jogadores tiveram a oportunidade de roubar a bola, fazer falta ou qualquer outra coisa que o impedisse de ir a direção do gol, mas não. Faltou mesmo foi um lindo tapete vermelho estendido, com alguma bela sinfonia festejando a entrada de tal jogador na área e tocando para Ricardo Oliveira tocar também, mas dessa vez pra dentro do gol, nos últimos minutos.

Aí o esforço parecia ter sido todo lixo. Serviu, além do um ponto, para se destacar o poder de recuperação do time. Individualmente, vimos um ótimo Montillo que ainda nem jogou o que pode, mas que jogou demais. Edcarlos parece que estava numa tentativa de ser aquele de sempre, péssimo.

Cuca também foi bem, embora, no momento, eu não tivesse concordado com a saída de Diego Renan, em vez da de Rômulo. Ele ousou, abriu o time, mas manteve um zaga povoada.

O empate foi uma pena. O Cruzeiro mereceu a vitória pelo segundo tempo, mas também mereceu o empate pelo primeiro tempo e pelos minutos finais.

Mauro Jr (@maurojuniorr), 18, é estudante de Ciências Sociais pela UFV e cruzeirense antes mesmo de ter alguma formação física, ainda dentro do útero. Escreve para sites na internet desde o ano de 2008, quando tinha apenas 16 anos. Considera a tática de um time primordial para o progresso e é disso que ele fala aqui no site Guerreiro dos Gramados.