
23 mar Um ídolo não troca a camisa
Nessa semana, a ida do atacante Guilherme para o lado negro da Lagoa causou tumulto. Muitos cruzeirenses consideraram uma traição. O jogador não é patrimônio do Cruzeiro e é livre para fazer o que bem quer, mas ídolo de verdade não troca a camisa.
É verdade, Guilherme nunca pode ser chamado de ídolo pela torcida celeste. Apesar disso, a notícia de que o (ex) depenador está agora no Atlético-MG deixou muitos torcedores decepcionados. O nome do jogador já foi citado muitas vezes aqui nas minhas colunas, porque sempre tive admiração por ele e o respeitei mesmo na fase ruim, quando a maioria queria vê-lo longe da Toca.
Mais um que vem para estragar a carreira no time “rival”? Veremos.
Guilherme não tem nenhuma obrigação com o Cruzeiro e nem com o torcedor, apesar de muitos sentirem que sim. Acho até triste não poder torcer por ele mais, porque continuei acompanhando da forma que dava os jogos dele lá na Ucrânia.
É sempre um receio do torcedor que um ídolo do time troque de camisa. Uma coisa boa surgiu de toda essa polêmica, porém. Um torcedor do Atlético convidou Alex para compor o elenco atleticano, ao lado de Guilherme (#QueroSerCruzeiroQuandoCrescer). A resposta foi simples agradou apenas aos torcedores celestes: “sinceramente não me sinto bem. minha historia sempre foi de respeito aos outros. jogar no galo seria desrespeitar o lado azul.”
E é por isso que eu digo que um ídolo de verdade não troca a camisa. É difícil dizer quais jogadores teriam a mesma postura. Enquanto estão por aqui, muitos dizem a mesma coisa, até o próprio Guilherme deve ter dito. Entretanto, existe uma grande diferença entre o meia Alex e o atacante Guilherme: conquistas. Alex foi quem nos conduziu com maestria à conquista da tríplice coroa, enquanto o outro ganhou apenas um Mineiro.
Entre um (ex) depenador e um campeão da tríplice coroa, fico com o campeão Alex, claro.
Apesar de tudo, não vou desejar o insucesso de Guilherme, só vou torcer para que Victorino (ou outro zagueiro) se torne uma pedra na chuteira dele. Eu mantenho a minha palavra e mantenho meu respeito. Até porque, meu Cruzeiro é bem maior do que um jovem jogador que fez uma escolha errada na vida.
Foi um acontecimento que me chateou, mas bola para frente. E vamos aguardar, Brandão terá em breve sua chance de mostrar a que veio. Quem sabe a gente até esqueça essa “traição” né?!