06 jul Sobre freguês e freguesia
Na minha última coluna disse que o jogo contra o Vasco era a jogo para reafirmar o embalo. O Cruzeiro agora parte para dois jogos decisivos: contra o Grêmio, que é nosso cliente preferencial, e contra São Paulo, do qual somos também fiel cliente.
Grêmio, o mesmo que eliminamos diversas vezes em momentos decisivos de torneios nacionais e internacionais. Aquele time que paga pau para torcida argentina e tenta fazer igual, e que nos imita ao ter também quatro títulos da Copa do Brasil e que, quando o time joga mal, xinga seus jogadores sem dó! Como diriam alguns torcedores, a torcida do grêmio é uma G-Raça!
Contra o Grêmio, nosso treinador, Joel Santana, vai repetir a mesma formação que ganhou jogando nos contra-ataques contra o Vasco. Aliás, jogo este que me deixou apavorado com tamanha inoperância de todos os jogadores. O Cruzeiro estava desarticulado, sem saída de bola, sem ataque, e perdia de forma inapelável o meio campo, justo nosso setor mais forte. Achou três gols jogando nos erros do Vasco, justamente nas três chances que teve.
Joel teve uma semana para corrigir este problema e espero que, contra o Grêmio, possamos voltar a repetir as boas atuações de alguns meses atrás.
Agora vou tocar num assunto polêmico. Nossa freguesia, apatia, falta de vontade e displicência quando jogamos contra o São Paulo.
São Paulo este que é uma pedra no sapato do Cruzeiro nestes últimos anos. A última vez que me lembro de ver o Cruzeiro cortar o São Paulo no coro foi em 2003, quando ganhamos de 4 a 1 no Morumbi. O Cruzeiro estava no início do Brasileirão. Ninguém poderia afirmar que seria campeão brasileiro naquele ano, e o São Paulo ainda tinha no elenco Kaká, Julio Batista e Luis Fabiano, só para citar os mais famosos.
De lá pra cá vem sendo terrível, exceto aqueles 0 a 2 no Morumbi pela Libertadores de 2009. Lá soubemos anular o time tricolor paulista e penduramos o resultado na conta da vendinha deles. Mas mesmo assim ainda pergunto: o que acontece?
Será medo? Falta de Vontade? São Paulo e Cruzeiro ganhando um do outro é uma situação normal, mas do jeito que vem acontecendo nos últimos anos, pra mim, é palhaçada!
Em alguns jogos de me recordo, o Cruzeiro saiu na frente e deixou resultado escapar deixando o jogo empatado. Recordo-me de outro em que o São Paulo saiu na frente, em seguida tivemos um pênalti que Wagner perdeu, com defesa de Rogério Ceni. Logo depois vimos este goleiro destruir o jogo, marcando mais dois gols, um de falta e um de pênalti.
É triste, mas a verdade tem que ser dita. Se por um lado vários times estão inclusos em nossa carteira de clientes fiéis, incluindo nosso rival penoso, por outro temos que admitir que o São Paulo nos tem em sua carteira da mesma forma.
O jogo contra o São Paulo é no próximo sábado, 18:30h, e o Cruzeiro vem numa crescente. Tomara que possamos acabar com esse estigma nesta partida.
Minhas últimas colunas estão sendo redigidas num tom que não é lá bem meu estilo de escrever, mas ultimamente ando bem nervoso com o clube e o time, então desconto aqui. Estou ficando cansado de comemorar vaga na Libertadores e campeonato mineiro. Estas colunas são para, se caso alguém do clube leia, que sirva de aviso, pois, assim como eu, muitos cruzeirenses não estão com muita paciência!
É isso ae!