
14 mar Sete, número da perfeição ou da mentira?
O número sete é cercado de mística, alguns o consideram perfeito, outros acham que se trata de mentira. Para mim, o RESULTADO foi perfeito, mas não MENTE sobre a realidade do nosso ataque.
Ganhar de 7×0 merece destaque sempre, ainda mais da forma como os gols saíram. Thiago Ribeiro inspirado na armação e na finalização. Farías, se não foi espetacular, provou que merece colocar Wellington Paulista no banco. Ortigoza deu um chute de rara felicidade, mostrando bom posicionamento. André Dias bateu de curva, com estilo. Wallyson, como sempre, rápido e driblador.
Mas ainda não me dou por satisfeito, por um simples motivo. Fazer sete gols no Democrata-GV não é a mesma coisa que jogar uma Copa Libertadores.
A partida de ontem, com o perdão da expressão, foi “bater em bêbado”, não serve de parâmetro para nada. A defesa e o meio de campo do Cruzeiro nem tiveram tanto trabalho, o time de Valadares já estava entregue em campo logo na metade do primeiro tempo.
Quem leu minha coluna até aqui deve estar me chamando de corneteiro. Concordo em parte, porque sou mesmo muito exigente com meu time.
Repito, não estou tirando os méritos de ninguém – ganhar de goleada é importante e dá moral, mas isto não me engana, dos atacantes que temos no time, os únicos que considero “prontos e no nível de Libertadores” são Farías, Thiago Ribeiro e Wallyson. Ortigoza apenas estreou e não pode ser avaliado. André Dias está mostrando vontade, mas só isto não basta. E de Wellington Paulista, nem preciso falar nada, certo?
A prova maior de que o ataque ainda preocupa, é que nossa diretoria cega, continua dizendo que procura um atacante. Isto mesmo – DIRETORIA CEGA, que prefere jogar dinheiro no lixo, contratando dezenas de jogadores meias-bocas nos últimos anos, ao invés de contratar UM, APENAS UM ATACANTE DECENTE.
E ainda tem gente falando de Kléber no Cruzeiro. Querem saber de uma coisa? Guardadas as proporções, o Gladiador é “farinha do mesmo saco”, igualzinho jogadores como Adriano Imperador, Carlos Alberto ex-Vasco, Robinho e tantos outros. Assinam contratos milionários, beijam as camisas, mas no primeiro sinal de crise, reclamam que “estão insatisfeitos e não se adaptaram ao time”, seus procuradores “passam a mão na cabeça dos coitadinhos” e pedem para ser negociados.
Isto para mim tem nome: JOGADOR MERCENÁRIO. Não precisamos de um jogador como este no time do Cruzeiro.
Abraços a todos.