05 abr Rápido & Rasteiro: Paraná, volte a jogar aquele futebol “baião-de-dois”
TÁ CERTO, AS COMPETIÇÕES são diferentes, o entusiasmo dos jogadores idem, mas o que leva o treinador Adílson Batista escalar o time modificado para uma partida como essa contra o Uberaba. Ainda mais que o clube optou por fazer a primeira perna em casa, uma vez que a Toca da Raposa III estará ocupada com música…!!!
NO FUTEBOL, COMO no Truco, meu caro amigo Adílson Batista, recitam os bons praticantes de ambos os esportes, “a primeira vai à missa”. Quer dizer, há que se empenhar, com todas as forças, para fazer um bom resultado, capaz de dar certa dose de tranqüilidade para o jogo seguinte, decisivo.
ESCALANDO JOGADORES claramente sem ritmo de jogo Adílson Batista simplesmente abriu mão de seu melhor trunfo, justamente jogar diante de sua torcida, que sabe apoiar o time quando o vê literalmente ligado em campo, o que infelizmente não aconteceu no Sábado.
E NÃO É CASO de se reclamar da exigente Falange Azul-Estrelada, pois nessa questão até que ela foi muito paciente. Paciente até demais, pois não se concebe um time se mostrar tão nervoso ou ansioso diante de uma equipe apenas esforçada mas que sentiu a instabilidade do adversário e literalmente partiu pra cima.
NÃO GOSTO QUANDO usam esse tipo de expressão, em se tratando de meu clube do coração, mas sou obrigado a confessar que o Cruzeiro literalmente “achou” o gol de empate, uma vez que, dado o andamento do jogo, não aceitava, mas a derrota era praticamente inexorável, coisa-certa…!!!
ESSE GOL DE Leonardo Silva pode ter sido importante se houver uma mudança de comportamento do grupo e do próprio Adílson Batista. O primeiro para reconhecer seu verdadeiro valor, fazer-se impor dentro de campo e não se deixar sufocar por adversários “esforçados”.
EM CONDIÇÕES NORMAIS de temperatura e pressão o Cruzeiro é obrigado a, no mínimo, mostrar muito mais futebol do que o apresentado no sábado, principalmente depois de bela exibição diante do Veles Sarsfield, pela Libertadores. E não me venham dizer que a situação de sábado foi devido ao desgaste físico e emocional da quarta-feira.
TIME QUE QUER vencer competições, como tem vencido ao longo dos últimos anos, precisa entender que cada competição, por menor que seja, tem seu grau de importância não só para o clube, a torcida, mas principalmente os adversários. Mostrar empáfia numa decisão como essas é arriscado.
PARA MANDAR O RISCO de uma zebra a única forma é mostrar, no mínimo, a mesma vontade dos adversários, com todo o respeito que lhes são devidos. Adílson Batista, a única forma de uma equipe ganhar harmonia, homogeneidade, coesão e força de conjunto é atuando junto, treinando junto. Não é hora de querer dar ritmo de jogo a jogadores recém-vindos de contusão, como Fernandinho, Fabrício, e outros que figuram como reservas e não estão sendo utilizados, como Cláudio Caçapa.
A CULPA NÃO É DELES, por literalmente desfalcar a equipe em plena decisão, mas única e exclusivamente de quem os manda a campo sem sua plenitude física, mental e emocional. Caçapa falhou nos dois gols que tomamos, Fernandinho e Fabrício erraram passes fáceis e armaram contra-ataques desperdiçados pelos adversários…!!!
SEM ESQUECER QUE Marquinhos Paraná ainda não entrou em sintonia com a equipe. Ele ainda não se apresentou ao grupo depois da pré-temporada. Aquela enceradeira girando na contramão do jogo não pode ser aquele valente volante do ano passado, capaz de destruir as jogadas adversárias e armar rápidos contra-ataques.
MUITO ANTES, PELO CONTRÁRIO, Marquinhos Paraná desempenha no Cruzeiro o mesmo papel de Ricardinho no lado seco da Lagoa da Pampulha: no afã de mostrar mais qualidade do que realmente tem, acaba puxando o freio-de-mão e atrasando os contra-ataques.
PARANÁ, VOLTE a jogar aquele futebolzinho “baião-de-dois” do ano passado, pois ele é muito mais útil ao time. Deixe as jogadas de classe, mirabolantes e criativas para alguém de maior competência e que exerça atividade de ofício. Contente-se em desarmar acertar o passe para um companheiro mais bem posicionado que já está bom demais…!!!
E, ADÍLSON BATISTA, agora que só resta ao Cruzeiro apostar no empate em Uberaba, como você vai fazer…??? Vai insistir ainda em poupar alguém mais…??? Então, meu amigo, vai dar adeus ao Campeonato Mineiro que, para nós pode não representar grande coisa, mas nas mãos dos adversários e de seus representantes da mídia mineira pode ser comemorado como verdadeiro campeonato mundial…!!! Toma tento, Adílson Batista…!!!