17 fev Rápido & Rasteiro: Chocolate argentino
UMA VITÓRIA PARA FICAR NA HISTÓRIA, muito embora seja muito cedo para comemorar alguma coisa antecipadamente, mas não deixa de ser indício de que, se o Esquadrão Azul-Estrelado mantiver a mesma pegada , de que coisas muito boas estão por vir.
UM RESULTADO COMO ESSE, CINCO-A-ZERO, em uma partida por uma competição continental, jogando contra adversários experientes e, acima de tudo, catimbeiros, tem que ser comemorado com bastante ênfase, pois é incomum.
TANTO QUE ESSA VITÓRIA VEM COM O ATRASO de um ano. Tinha que ter ocorrido naquela decisão na Toca da Raposa III, e seria o tricampeonato. O clima foi o mesmo, a arbitragem capciosa, para ficar apenas nisso, com o rigor prevalecendo contra e a omissão favorecendo os adversários.
ENTÃO, O QUE MUDOU…??? Faltaram sorte, pegada e acima de tudo maior gana por parte de nossos guerreiros. Aquele gol de Wallysson, seu primeiro no jogo, diz tudo. A bola resvalou em um defensor e encobriu o goleiro…!!!
NAQUELA OPORTUNIDADE ESSE TIPO DE LANCE não teria entrado. Ontem, não, o resultado estava escrito nas estrelas, cinco gloriosas e mais conhecidas dos adversários sul-americanos, para ser mais claro. Pena, mas pena mesmo, volto a repetir, que essa goleada tenha chegado tão tardiamente.
FICO IMAGINANDO UM RESULTADO COMO esse, numa decisão de Libertadores…!!! A cidade e acima de tudo a Falange Azul-Estrelada teria virado a cabeça de cabeça pra baixo. No entanto, o que ficou foi o engasgo de uma decisão em que não poderíamos, em tempo algum, deixar passar em brancas nuvens, pois decisão em casa é para ser faturada e não deixar os adversários fazer festa.
COMENTAR UM JOGO COMO ESSE FICA FÁCIL, mas é necessário ressaltar que, desta vez, o time entrou com espírito de decisão, ou como gostamos de dizer o conselheiro Anísio Cisccoto, gerente da CEF, e eu, após aquela vitória de dois-a-um sobre o Boca Juniors em Buenos Aires, o verdadeiro “espírito de La Bombonera”.
É ASSIM QUE SE DEVE JOGAR EM TODAS as competições e não apenas em algumas. Aquela derrota de sábado passado ainda não foi digerida. Faltou esse tipo de empenho e entusiasmo, para não dizer tesão. O Cruzeiro, no sábado, fez mais um jogo, enquanto os adversários decidiram uma competição.
O MÍNIMO QUE SE ESPERA DO CRUZEIRO é atuar em partidas com o mesmo empenho, inspiração e acima de tudo transpiração. Mestre Cuca ousou e foi premiado com a bela atuação de simplesmente todos os jogadores, indistintamente. Todos atuaram bem, incluídos os que entraram durante o jogo, em substituição aos que deixaram o campo literalmente estafados.
APESAR DA GOLEADA, COM DIREITO A OLÉ e tudo o mais, não posso deixar passar a oportunidade de destacar o “rigor” do soprador-de-latinha diante das faltas dos guerreiros estrelados, e a conivência e frouxidão com os visitantes. Ele deixou inúmeras faltas cartões por marcar contra os argentinos. Ainda bem que, ontem, como disse há pouco, estava escrito nas estrelas que a vitória era nossa.
MEU AMIGO ORESTES DEBOSSAN JÚNIOR, agora, deve estar um pouco mais confiante no ataque azul-estrelado, pois vinha reclamando insistentemente da falta de competência de nossos atacantes, principalmente Wellington Paulista que, apesar de não fazer gol, foi importantíssimo no jogo contra o Estudiantes. Enfim, todos estavam concentrados e inspirados, o que acabou ocasionando essa goleada histórica no arqui-rival sul-americano.
ORESTES, ESPEREMOS QUE, DE AGORA EM DIANTE, nossos guerreiros dos gramados entrem em campo com a mesma ou melhor concentração, para que não corramos qualquer risco no campeonato regional e no principal torneio continentam. Torneio esse que só tem, aqui em Minas, único time como grande campeão. E isso dá uma dor-de-cotovelo danado.
POR MAIS QUE ELES, OS ADVERSÁRIOS DOMÉSTICOS, não conseguem chegar a uma participação pelo menos convincente…!!! Parabéns a nosso Mestre Cuca, que chegou a ser questionado após a derrota de sábado passado, mas que acabou se redimindo. As alterações feitas no time surpreenderam os adversários, que esperavam outra formação e atitude.