17 jun Rápido & Rasteiro: Apito na Copa do Mundo
NÃO ESTOU GOSTANDO, NADINHA, do nível dos sopradores-de-latinha que atuam na Copa da África. Eles estão, simplesmente, deixando de aplicar os mais comezinhos regulamentos de sua profissão, marcando faltas quando lhes dão na telha, deixando outras, graves por sinal, sem marcar, aplicam os cartões também de acordo com sua veneta, deixam jogadores descer a borduna, sem dó nem piedade e, quando assustam, ou soluçam, arrancam o cartão e o aplicam, mesmo que o jogador que cometeu a falta, nem tão grave quanto aquelas que foram ignoradas por ele.
A DESCRIÇÃO ACIMA VALE para o soprador que atuou na partida de estréia do Brasil, diante da Coréa, quanto para o que soprou o apito na brilhante vitória do Uruguai sobre os donos da casa. Ele, como o outro, permitiu que se praticasse o anti-jogo, jogo violento, com direito a tirar jogador adversário com carrinho criminoso, enquanto o infrator, já autuado com cartão amarelo, permaneceu até o final do jogo, im-pu-ne-men-te…!!!
ALIÁS, NÃO É EXATAMENTE A TÔNICA dos sopradores-de-latinha tupiniquins. Carlos Eugênio Simon não está praticando exatamente isso, de acordo com toada atual…??? Quer dizer, continua tudo como dantes no quartel de abrantes e os homens-do-apito pemanecem senhores da situação. Soberanos. Se não for com a cara de um jogador, como aconteceu com Ramires, cartão nele, e estamos conversados.
É EXATAMENTE POR ISSO QUE não vou com a cara desses profissionais, capazes de mudar os rumos de um jogo com um simples sopro em seu instrumento de trabalho. Pune quem deveria e quer jogar e permite quem não quer melar o jogo com retardamentos de jogada, catimbas, agressões veladas e nem tanto, como aconteceu com o centroavante Suárez, do Uruguai.
TOMOU DUAS ENTRADAS VIOLENTAS, DOIS tapas na cara, saiu de campo sangrando para ser atendido e os sarrafeiros de plantão, por ser donos da casa, permaneceram em campo. Também, de nada adiantou tudo isso porque, quando um time está em bom momento e quer jogar, como o Uruguai, de nada adianta a ajuda do soprador-de-latinha, que deixou de marcar um penal e, depois, não teve como evitar o segundo, no mesmo Suárez, com a conseqüente expulsão do frangueiro bafana-bafana.
ACONTECE QUE NEM SEMPRE ISSO é possível e o prejuízo imposto pelo soprador-de-latinha acaba dando números finais ao jogo, determinando a vitória de uns e a derrota de outros. Além do baixo nível de futebol, com inúmeros placares minguados, também os homens-do-apito estão deixando muito a desejar. Não por falta de competência, mas por excesso de…!!! Bem, deixa pra lá…!!!