21 jan Rápido & Rasteiro: Apito amigo!
“E o apito amigo continua privilegiando a paulistada”. ESCREVO ESTA coluna exatamente às 19 horas, quando me preparo para ir à Toca da Raposa III, a verdadeira casa do cruzeiro, para acompanhar a estréia do Esquadrão Azul-Estrelado no Campeonato Mineiro, diante do Uberlândia.
COM JOGO às 21h50, com transmissão por TV aberta para a Capital Mineira, o Cruzeiro “não espera-se um grande púbico”, mesmo contando com sua grande torcida. E não me venham dizer os intrusos de plantão em nosso site que isso é desculpa, pois influi, sim.
OBSERVEMOS ainda que a diretoria do Cruzeiro tabelou o ingresso de geral a R$ 10,00, o que não deixa de ser um fator decisivo para impedir o comparecimento dos torcedores desfavorecidos monetariamente. Isso é ponto para os concorrentes despeitados, pois estabeleceram a geral a R$ 2,00, com ingresso de estudante pela metade.
PARA JOGOS com transmissão direta, coisa já estabelecida no acordo com a emissora detentora dos direitos de transmissão para toda a competição, o mínimo que a diretoria deveria fazer é taxar os ingressos a preços muito mais convidativos para o torcedor, uma vez que a “bilheteria” já está faturada, e qualquer coisa que venha das bilheterias entra na coluna dos lucros. Vá entender nossos dirigentes…!!!
EXPLICANDO o título da coluna, o chamado “apito amigo” deu o ar da graça no jogo contra a paulistada. Não achei que seria necessária a medida, uma vez que o São Paulo havia atropelado todos os adversários, levando apenas um gol e faturando um caminhão deles…, enquanto o Cruzeiro…!!!
O SOPRADOR-DE-APITO foi fundamental na eliminação do Cruzeiro da competição. Como jogo é jogo e vice-versa, como diria o “velho deitado”, o jogo começou morno e só esquentou quando o Cruzeiro partiu para cima da paulistada, com Thiaguinho fazendo um verdadeiro carnaval na defesa tricolor e só sendo parado com penal.
DUDU PÔS o Cruzeiro em vantagem e o empate só aconteceu ao final do primeiro tempo, em um lance no mínimo polêmico. A bola foi chutada por cobertura, bateu na trave direita do goleiro do Cruzeiro e sobrou para um atacante tricolor totalmente desmarcado. Sim, mas não por cochilo de nossos defensores, mas porque ele já estava ligeiramente avançado em relação a linha de nossa defesa. Finalizou e o gol foi confirmado.
NO SEGUNDO tempo o jogo voltou a ficar muito estudado, mas com ligeiro domínio aul-estrelado. Maranhão manda um balaço na trave sampaulina, bate-rebate, rebote nosso, a bola é cruzada para Élber, que é derrubado um pouquinho antes da linha da grande área. Na seqüência do lance, não marcado pelo soprador, o São Paulo virou o jogo.
AÍ O SOPRADOR-DE-LATINHA voltou à cena do crime, não marcando um penal, claríssimo em Élber que, ainda por cima, foi punido com cartão amarelo, por suposta simulação. Ta bom, simulação punida de um lado e o xodozinho da paulistada também simulou falta em pelo menos duas jogadas, sem contar as cotoveladas distribuídas em campo e não recebeu a devida reprimenda.
FAZER O QUÊ, né, pois os homens-de-preto são todos da Federação Paulista…??? Bem que o Cruzeiro poderia ter ido um pouco mais adiante e pintava até como candidato ao título, coisa que agora ficou para o São Paulo, mas a competição deixou claro que o Esquadrão Azul-Estrelado tem um bom manancial para abastecer o grupo principal num futuro bem próximo. Quem viver verá…!!!