13 out Placar vazio, futebol também…
Se o Cruzeiro tivesse a metade da determinação mostrada contra o São Paulo, teria vencido o Bahia. Ainda bem que os adversários estão ajudando, porque a coisa está cada vez mais complicada.
Finalizei a minha última coluna com uma “pinta” de esperança – provavelmente o sentimento de grande parte da torcida, após o bom futebol mostrado contra o São Paulo.
Ontem, a preocupação voltou com força total.
Graças ao Fábio e à falta de qualidade dos atacantes baianos, em especial de Souza, escapamos de tomar uns dois ou três gols só no primeiro tempo. Montillo estava muito marcado e Roger entrou em campo apenas com o nome, uma má vontade de dar raiva.
O resto do time também não mostrou a motivação e determinação da partida contra o São Paulo. Apenas os lances isolados de sempre – uma ou outra descida de Vítor e Éverton, Léo e Victorino ainda dão sustos na torcida, Marquinhos Paraná à frente da zaga, chutes de Charles de fora da área…nada de novo, nada de produtivo.
Só a entrada de Élber deu alguma movimentação, mas ficou nisto. O nosso ataque continua com os cones e postes de sempre.
Por falar nisto, não estou querendo colocar lenha na fogueira, nem plantar crise onde ainda não existe, mas alguém pode me explicar porque Vágner Mancini nem relacionou Farías ontem?
Farías não é o salvador da pátria, nem deve ser titular apenas porque ganha salário de 200 mil reais, como dizem. Ele errou um gol incrível contra o São Paulo, mas é determinado, não desiste das jogadas e, se não é um craque, tem mais noção de “fundamentos básicos do futebol” como passe e chutes, do que Ortigoza, Anselmo Ramon e Wellington Paulista.
Enfim, fiquei com a sensação que o Cruzeiro poderia ter vencido, se tivesse mostrado a mesma vontade quando enfrentou o São Paulo. O nosso técnico até disse que o ponto conquistado contra o Bahia pode ser a diferença no final do campeonato. Só espero que “os dois pontos perdidos” não façam falta lá na frente.
A coisa não está pior porque este Campeonato Brasileiro de 2011, sem sombra de dúvida, está nivelado por baixo.
Vejam o caso do Flamengo. Brigava pela liderança nas primeiras rodadas, ficou uns dez jogos sem vencer, chegou a sair do G-4, mas agora está de novo na disputa, porque Corinthians, Vasco e Botafogo também não decolam.
Outro exemplo é o Palmeiras, acho que venceu uma partida das últimas onze disputadas, e mesmo assim não sai do lugar. Não perde muitas posições, nem fica longe da parte de cima, porque quem está em baixo não sobe, e os times de cima não abrem vantagem.
O Cruzeiro, mesmo após dez partidas sem vencer, só não entrou na zona de rebaixamento porque graças a Deus (ou Alá, ou Odin, ou Buda, ou qualquer outra crença do torcedor) ainda existem quatro times com resultados piores do que os nossos.
Agora temos duas partidas em casa, e são dois “ossos duros de roer”, o Corinthians que sempre é ajudado pela arbitragem, e o perigoso Atlético-GO, que não tem jogadores famosos, mas tem um time mais arrumado que o nosso.
Tomara que dê para vencer pelo menos um destes jogos, porque senão a coisa vai ficar ainda mais desesperadora, infelizmente…
Acaba logo 2011.
Abraços a todos.