Olympikus, uma boa troca de fornecedor, pero no mucho


Algumas trocas sempre são necessárias no futebol. Troca de treinador, de jogadores, de esquema tático. Até o estádio pode ser trocado algumas vezes, para se jogar em um campo maior ou utilizar um menor , transformando-o em um caldeirão. 

No início de Março/2012, o Cruzeiro anunciou a troca do fornecedor de material esportivo. Sai a Reebok e entra a Olympikus.

Aparentemente, não muda muita coisa, pois as duas empresas fazem parte do mesmo grupo, a Vulcabrás, uma gigante do ramo têxtil.

Desde o anúncio, tudo parecia bom no negócio, a OLK tem um a melhor distribuição das camisas no território nacional, devido ao maior número de lojistas credenciados. Maior investimento em marketing e por fim, uma identidade visual para as camisas que, nas palavras da diretoria: “… vai agradar e muito o torcedor.”.

Quando a camisa foi mostrada a conta gotas com imagens disponibilizadas pelo marketing do clube e da fornecedora, gerou-se grande repercussão nas mídias sociais, jornais e nos comentários na rua. A grande novidade seria o retorno das aclamadas Estrelas soltas. A camisa é fantástica no quesito visual. Discretas faixas horizontais, sobrepondo tons de azul, “bordadas” por pequenas estrelas. As estrelas soltas estão fantasticamente equilibradas e em uma proporção ideal. O desenho dos números é muito bonito e o posicionamento também é bem escolhido.

Não vou entrar no detalhe dos patrocinadores, pois acredito que futebol é feito com dinheiro e, se não fosse pelo dinheiro deles, o clube estaria em situação bem mais complicada.

Como disse tudo perfeito nesta substituição. Torcedor muito feliz com a bonita camisa. Satisfeito até o momento que vai à loja, desembolsa R$190,00 – em média – para ter o seu novo manto sagrado, descobrindo depois, bastante chateado, que tudo o que viu, escutou ou leu vai por terra, devido ao péssimo material escolhido pela Olympikus para produzir a camisa.

Vou enumerar graves defeitos aparentes:

1 – Tecido muito frágil, não se pode encostar a camisa em nada que desfia. Se comparado à camisa anterior, perde muito em qualidade.  Comparar o tecido da atual camisa com as antigas camisas da Puma é como comparar um pedaço de Seda contra um pedaço de jeans.

2 – Costuras mal feitas, deixando várias linhas “soltas”, do lado de dentro e do lado de fora. Um chato erro de inspeção de qualidade, facilmente corrigível.

3 – Impressão dos números muito frágil, soltando-se facilmente se exposto à chuva. Basta olhar como são produzidos os números das camisas de clubes europeus para saber do que estou falando.

4 – As estrelas bordadas têm “pontas” por dentro da camisa, devido à péssima qualidade do bordado, o que torna a mesma extremamente irritante de usar.  Pense no quão irritante é uma etiqueta irritando o pescoço, pois bem: as pontas que tem nas estrelas, fazem a etiqueta irritante parecer uma criança no jardim de infância.

Estes são apenas alguns dos defeitos da camisa, possivelmente corrigíveis pela fornecedora. Para que os próximos torcedores/clientes que comprarem a camisa, não tenham os mesmos problemas que eu e vários torcedores celestes tivemos ao adquirir as camisas nos primeiros lotes que foram às lojas.

Vejo que a intensão da Olympikus foi boa, pois fizeram uma bela camisa, no quesito visual, a mais bonita dos últimos anos, porém, de nada vale beleza sem qualidade. É como um time cheio de estrelas que não ganha nenhum campeonato.

A torcida do Cruzeiro merece respeito.

A Olympikus e a Vulcabrás devem dar uma satisfação à China Azul.

Lembrem-se que somos o maior mercado consumidor de Minas Gerais e o maior fora do eixo Rio-São Paulo, com mais de Oito milhões de apaixonados torcedores. Torcedores apaixonados e não idiotas.

Se algum leitor do Guerreiro dos Gramados também teve problemas com a nova camisa, deixe sua opinião, pois somente nos unindo teremos força para exigir uma camisa com a mesma beleza, porém com muito mais qualidade.

Um filho GUERREIRO não foge à luta, avante Nação Azul.

Um abraço a todos!