O mais difícil momento da nossa história


Para escapar do rebaixamento, o Cruzeiro tem que vencer o principal rival. Não adianta torcer por resultados improváveis dos adversários. A esperança é a última que morre, e esta é a pior fase do nosso time.

Ontem o Cruzeiro até que tentou tocar a bola no primeiro tempo, mas Diego Renan literalmente colocou tudo a perder. Primeiro, errou um gol cara a cara com o goleiro, no início do jogo. Depois, a “avenida” tomou um drible besta de Osvaldo, que abriu o placar. O empate de Anselmo Ramon logo em seguida foi um alívio em boa hora.

Aí, no intervalo, Vágner Mancini começa com as bobagens. Primeiro, tirou o próprio Anselmo Ramon para colocar Ortigoza. O paraguaio até que fez o gol da virada, mas só fez isto durante todo o jogo. O problema foi manter Wellington Paulista em campo, jogador que não fez nada além do “de sempre” – ou seja, xingar adversário, bancar o cai-cai e matar a torcida de raiva de tanta falta de qualidade.

E depois ainda entra Naldo, recuando demais o time. E, como diria Muricy Ramalho, “a bola pune”. O gol de empate do Ceará saiu de um lançamento do campo de defesa, o zagueiro deles estava desesperado no ataque, venceu a nossa defesa – em especial o próprio Naldo – e empatou a partida.

E agora, o pior dos pesadelos. O Cruzeiro, para permanecer na Primeira Divisão, precisa vencer o principal rival. E a realidade é exatamente esta. SÓ NOS RESTA A VITÓRIA.

Porque se não vencermos, estaremos rebaixados, e não precisa fazer muitas contas para descobrir isto.

O Atlético-PR não é nosso adversário direto, porque mesmo jogando na Arena da Baixada, pega o Coritiba que, além de ser o grande rival e ter um time muito melhor, com uma vitória simples o Coxa vai disputar a Libertadores (quem diria…).

O problema maior é o Bahia, que está matematicamente salvo e, segundo o meu “instinto torcedor”, os baianos vão entregar o jogo para o Ceará. Motivos não faltam. Primeiro, se rolar o “corpo mole”, poderão ser quatro nordestinos na Série A em 2012 (Bahia, Ceará e os classificados da Série B, Náutico e Sport). Segundo, Joel Santana, hoje técnico do Bahia, que com seu discurso folclórico de sempre, agora pode falar para seus “filhinhos” que a tarefa deles está cumprida. Terceiro, porque a torcida do Bahia quer dar o troco no Cruzeiro pelo ano de 2003, quando o supertime de Alex enfiou 7×0 e rebaixou os baianos.

Então, meus amigos, só nos resta ganhar o clássico para sobreviver na Primeira Divisão…e ainda vamos ter que jogar sem Fábio, sem Montillo e sem Marquinhos Paraná…provavelmente, vamos ter que “apostar nossas fichas” no reserva Rafael no gol, na preguiça de Roger no meio de campo, e no horroroso Vítor pela lateral…triste, muito triste…

E não adianta falar em “mala branca” numa hora destas. Com certeza nosso principal rival vai vir com tudo na próxima partida. A esperança ainda existe, mas os números falam por si. O Cruzeiro não fez a sua parte nas últimas rodadas, e não venceu nenhum dos times abaixo dele no returno do campeonato…

É esperar para ver, neste que é o pior momento da história do Cruzeiro em todos os tempos.

Abraços a todos.