
08 nov O limite entre respeito e o medo
Após a noite da última quarta-feira, somente com muita meditação e controle emocional para poder pensar em outra coisa além de futebol. Que noite louca, meus amigos! Foi certamente o maior dia da história do futebol mineiro. Vimos um time com garra e muita fé passar pelo Flamengo. Vimos o Maior de Minas conseguir reverter a situação, que não era nada favorável, com dois gols de Willian e mostrar por que é o melhor time do Brasil há dois anos.
Teremos o segundo maior clássico da história. Dificilmente algum vai superar o de 2011, em que o rival poderia nos jogar na lama. Só uma final de Libertadores entre ambos poderia ser maior que o 6 x 1.
Entretanto, este elenco tem uma chance: Vencendo a Copa do Brasil e o Brasileiro, se tornarão o maior time de todos os tempos do Cruzeiro. Do outro lado, o Atlético-MG já tem, independentemente de qualquer resultado, o melhor time de sua história. Chegaram à final inédita da Libertadores e agora a outra decisão inédita, a da Copa do Brasil.
O Cruzeiro caminha para a sexta final, já tendo conquistado quatro. É o maior vencedor da história da competição. Além de tudo, tem o melhor time do país, caminhando para o tetra campeonato. Tem jogadores fantásticos, entrosamento, unidade e um baita treinador.
Entretanto, se perguntarmos para 10 jornalistas de São Paulo, ao menos sete deles vão apontar o Atlético-MG como favorito. A forma como eliminaram Corinthians e Flamengo o credenciaram a ter uma fé absoluta, realmente muito difícil de ser combatida.
Kalil, em uma atitude estranha e inesperada, resolveu mandar o jogo no Independência. Ganhar menos dinheiro por reconhecer que o Mineirão é a casa do Cruzeiro. O sorteio ainda favoreceu para quebrar ainda mais a mística, o Cruzeiro decide com a torcida a seu favor.
Tem uma pedra no meio do caminho, Atlético Mineiro. Há um limite entre o medo e o respeito, e quem atingir o equilíbrio tem mais chances. Podemos ganhar a tríplice coroa, podemos ser penta. O outro lado tem mesmo que correr atrás…
Por: Thalvanes Guimarães