
17 maio Muito modificado no segundo tempo, Cruzeiro foi o dono do jogo
No primeiro tempo, o Cruzeiro não era de todo ruim até a expulsão de Leonardo Silva. Tinha a posse de bola. Prova disso, são os gols que perderam Wellington Paulista e, em menor escala, Thiago Ribeiro. Mas aí o zagueirão foi expulso e era preciso uma coisa que o Cruzeiro tinha só em estoque: vontade.
Com a expulsão de Leonardo Silva, Henrique foi posicionado como segundo zagueiro. Mas isso ainda não passou muita segurança, embora Henrique saiba atuar por ali. Com isso, o Cruzeiro perdeu o meu de campo, ainda mais que o time catarinense jogava no 3-5-2, com seu ala direito muito centralizado. Aí se foi tudo para o espaço: posse de bola, jogadas ofensivas, e ainda houve certos riscos à meta de Rafael. Só para constatar essa vulnerabilidade, quando Wellington Paulista perdeu a bola, lá no ataque, o Avaí correu e marcou seu segundo gol no jogo, com uma facilidade descabida.
No segundo tempo Adílson mudou bastante o posicionamento do time. E aí foi o início da recuperação. Adílson plantou três homens no campo de defesa, em linha. Além dos dois zagueiros, Elicarlos e Paraná faziam o revezamento, com Henrique à frente deles. E, com essa atitude, o time do Cruzeiro igualou o número de jogadores no meio, contado com o recuo de Thiago Ribeiro. Nesse momento o Cruzeiro voltava a ter o comando do jogo, e fez o primeiro.
Quando Elicarlos saiu, Paraná ficou mais fixo. Guerrón, embora pouco produtivo, deu ainda mais espaços no meio, já quePéricles teve que deslocar mais um homem para exercer a cobertura. Com a expulsão, aí sim houve o domínio claro e inquestionável do Cruzeiro. Fernandinho entrou no lugar de Gilberto fazendo, embora não com a mesma eficiência, a mesma função que o camisa 10, vindo mais de trás, carregando a bola. Fabrício, melhor em campo, já caia pelo lado direito, abastecendo Guerrón.
Henrique ainda marcaria o terceiro gol, mal anulado pelo assistente que, no primeiro tempo, havia errado barbaridades a favor do Cruzeiro.
Se Adílson na quarta-feira teve alguns erros, hoje ele foio Adílson que conhecemos, que sabe como vencer o adversário no posicionamento. Mesmo com um jogador a menos, Adílson, com suas mudanças e puxões de orelhas, soube fazer o Cruzeiro se impor. Isso é ótimo, correto? Não afirme isso para algumas pessoas que adoram assoprar suas cornetas.
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Mauro Jr (@maurojuniorr), 18, é estudante de Ciências Sociais pela UFV e cruzeirense antes mesmo de ter alguma formação física, ainda dentro do útero. Escreve para sites na internet desde o ano de 2008, quando tinha apenas 16 anos. Considera a tática de um time primordial para o progresso e é disso que ele fala aqui no site Guerreiro dos Gramados. |