Meia Wagner estaria de volta ao Cruzeiro


Salve Salve China Azul. Meu nome é Charles Cristiano de Faria, sou Publicitário, Designer e músico de fim de semana. Moro na cidade que tem o mais Belo Horizonte e como um bom maturo mineiro, sou completamente apaixonado pelas cinco estrelas, que orientam os navegadores e pela cor maior escolhida por Deus para pintar todo o céu. Paixão esta fruto do sangue azul que corre nas veias, herança da família que veio de minha querida Bom Despacho, no centro-oeste mineiro.

Fui convidado pela galera do Guerreiro dos Gramados para ser colaborador, e como um filho que com orgulho veste seu manto mais valioso, estufei no peito a camisa azul estrelada e parti para ataque, fazendo um toque de bola rápido com todos vocês, leitores, guerreiros, amigos.

Tenho uma proposta de sempre fazer um diálogo com você, leitor cruzeirense, guerreiro e apaixonado por este clube que sempre privilegia o bom toque de bola, aliado à garra, luta e respeito ao torcedor.

Futebol é uma paixão que tem raízes profundas no coração do brasileiro. Este furor fluente no torcedor brasileiro, somado à constante necessidade das empresas de monetizar e promover seus produtos, fazem com as quatro linhas e todo seu entorno sejam um celeiro em polvorosa para todo tipo de especulação, negociação, conchaves, mutretas e outras coisas que não quero falar neste momento.

O que toda esta introdução tem a ver com o meu primeiro texto aqui no Guerreiro dos Gramados? A história é o seguinte, já estou há quatro dias escutando, lendo, buscando informações sobre a mais nova especulação azul. A possível contratação e retorno do meia Wagner, vindo de empréstimo pelo Fluminense.

Bom, não sou jornalista, mas como resolvi escrever sobre este tema, achei prudente buscar informações sobre o que está acontecendo. Pelo que pude perceber, nada mais do que uma mera especulação.

Na verdade, isto não me incomoda muito, pois tal especulação já aconteceu pelo menos outras duas vezes. Sempre que o filho de Morada Nova de Minas, região de Três Marias, passa pela Toca, especula-se seu retorno. O que está me deixando com uma pulga atrás da orelha é o clamor de parte da torcida celeste pelo seu retorno.

Humildemente não consigo compreender tal mistério. Juro que tentei, mas não fui capaz de saber se tudo não passa de um ato de ironia da China Azul, de esquecimento coletivo ou falta de conhecimento de uma pequena parte da torcida sobre o clube que tanto ama.

Quero lembrar uma historinha, contada aqui como um torcedor:

“Final de noite, Pampulha, estádio Governador Magalhães Pinto. O dia é 15 de julho de 2009. Depois de dormir na fila, enfrentar o frio da madrugada, a fome, o cansaço, o risco de ser mandado demitido do trabalho por não aparecer para trabalhar na segunda e ainda ter que disputar um par de ingressos literalmente no tapa, estava dentro da Toca da Raposa 3 para assistir o Cruzeiro ganhar o terceiro título das américas, carregado pelo clamor de sua torcida que fez uma festa indescritível no estádio. Tudo estava perfeito, o time vencia por 1×0 e o fim se aproximava. Porém algo deu errado, o time em campo parou de corresponder. Era como se o coletivo que era marca daquele meio de campo tivesse sido desaprendido em menos de dois minutos. Atônitos, milhares de torcedores no estádio e milhões em todo o mundo viram uma surpreendente virada do adversário que calou uma nação. Um indescritível vazio tomou conta da alma de todo torcedor cruzeirense, ecoando até hoje o grito daquela pequena torcida vermelha que se inflamou nas inferiores do estádio.”

Justificativas foram muitas, buscas por um motivo ou razão não cessaram. Contudo, o mais plausível motivo levantado foi o de que o time entrou em campo, na gíria popular do futebol: “Rachado”. Informações extremamente confiáveis que tive à época, deram como certa estas informações para este que vos escreve. Um pequeno grupo de jogadores, encabeçados por Wagner  e Gerson Magrão reivindicavam uma divisão diferente da premiação pelo título. Literalmente queriam ganhar mais que outros jogadores, pois estes eram titulares e os outros não. Uma atitude mesquinha, egoísta e vil. Sobrepujando todo o espírito de grupo, alguns jogadores queriam tirar de alguns recém-chegados ao clube e também de jovens da base celeste, que já ganhavam infinitamente menos que os “mesquinhos” celestes.

Um pequeno grupo de Grandes Mercenários, cravaram sem dó um doloroso punhal no peito de uma nação de oito milhões de apaixonados torcedores. Macularam o manto celeste com uma derrota sem luta e sem bravura.

Analisando os lances do jogo, fica claro como estes dois jogadores pouco se esforçavam em campo. Isto gerou uma apatia no time e facilitou em muito as coisas para o rival argentino. Isto causou um estado de apatia e falta de combatividade no time celeste.

Não que tenha sido o único motivo. Vejo com maus olhos até hoje a venda do volante Ramirez, que desde o momento que soube de sua transferência, nunca mais fez um bom jogo pelo time estrelado. Mas isto já é outra história.

Agora eu pergunto: Como o torcedor azul pode pedir o retorno de um jogador desta índole? Um jogador que deveria ser vaiado do primeiro até o último segundo, estando em campo para jogar contra o Cruzeiro. Não que eu deteste o jogador. Você pode pensar que não gosto do futebol dele. Muito pelo contrário, sempre o achei muito talentoso e com um potencial até para estar com a amarelinha no peito, entretanto seu caráter e sua atitude naquele jogo, mandaram tudo por terra.

Qual a justificativa para vários torcedores conclamarem a contratação deste meia no twitter e no Facebook?

Busco entender este fenômeno.

Sendo assim, gostaria que o leitor do Guerreiro dos Gramados, me ajudasse fazendo um diálogo nos comentários deste artigo, opiniões à favor e contra são bem vindas, afinal, este aqui é o segundo melhor lugar para se debater o mundo do futebol, só perde para uma mesa de buteco com uma boa “lôra” gelada e suada.

Um filho GUERREIRO não foge à luta. Avante Nação Azul.

Um abraço a todos!

Foto: GloboEsporte.com