02 abr Hora de dar “a mão à palmatória”

Depois de nove vitórias seguidas, incluindo Campeonato Mineiro e Copa do Brasil, o torcedor já conhece bem a cara do time de 2012. E também já deu pra perceber algumas melhoras em determinados jogadores. 

A coluna de hoje está direcionada a quatro atletas do Cruzeiro que estão mostrando certa evolução. O zagueiro Léo, os laterais Marcos e Diego Renan, e o atacante Wellington Paulista.

Depois do final do ano passado, e até o início desta temporada, critiquei bastante o futebol apresenado por esses atletas. Não havia nenhum sinal de melhora, a ponto de passar o mínimo de confiança. E a maioria esmagadora dos adversários que enfrentamos em 2012 não era “elemento de comparação”.

Pensava isto tudo, até a partida contra o América-MG, semana passada. Aquele jogo foi o único, até agora, em que vimos o Cruzeiro durante praticamente os 90 minutos enfrentando um adversário de melhor nível técnico com o “sangue nos zóio” que a torcida quer ver no time. Deu gosto de ver o Cruzeiro buscando o jogo em velocidade, entrando decidido nas jogadas, mostrando determinação e qualidade nos passes.

As melhoras nos quatro atletas que destaco nesta coluna são nítidas. O zagueiro Léo ainda está um pouco estabanado, mas entra mais firme nas jogadas. Marcos e Diego Renan ainda não são perfeitos nos cruzamentos, mas estão apoiando o ataque com mais regularidade e qualidade, pelo menos com a bola no chão.

E Wellington Paulista? Para mim, continua o mesmo marrento, brigador em excesso, xingador, cai-cai, que a torcida do Cruzeiro conhece há anos. Só que, desta vez, ele está conseguindo fazer duas coisas que, até o ano passado, tudo dava errado – ele está acertando jogadas e fazendo gols.

Parece óbvio, mas não é. O estilo de jogo dele não mudou, o que mudou foi a fase, o momento. Não importa se os adversários são fracos até agora. Ano passado ele também disputou o Campeonato Mineiro e não fez nem um terço do que mostrou em 2012. E isto merece destaque, não muito, mas merece.

Sobre o jogo do último sábado, o Cruzeiro demorou 30 minutos para entrar em campo e fazer a primeira jogada de perigo, e precisou voltar do intervalo para, em dois lances, mostrar exatamente o que disse aqui em cima. No primeiro gol, lance de velocidade pela esquerda, o cruzamento na medida e a cabeçada certeira de Wellington Paulista, como manda o figurino. No segundo gol, WP9 salvou uma bola perdida na lateral na base da raça, mais um ataque rápido puxado por Marcos, o toque para o craque Montillo matar com a direita e bater de canhota.

Esta semana é de clássico contra o Atlético-MG, jogo de torcida única do adversário. A única coisa que digo sobre esta partida é o óbvio – tomara que o Cruzeiro faça uma boa partida e busque a vitória, não importa o placar.

Acho que este deveria ser o pensamento da nossa torcida de hoje até domingo. Não vamos ficar fazendo provocações, não devemos entrar em oba-oba, não vamos ficar igual certas pessoas da imprensa e alguns torcedores, que passam a semana batendo asas e arrotando bobagens.

O Cruzeiro é muito superior a isto, e já provou para todos voSEIS que jogo se ganha é dentro de campo.

Abraços a todos.

Nota Final: caso Alex Silva venha mesmo para o Cruzeiro, trata-se de uma excelente contratação. Zagueiro firme, experiente, nível de seleção, já mostrou grande futebol na maioria dos times onde passou. Primeira boa contratação da era Gilvan/Alexandre Mattos. Resta apenas saber se Alex Silva vai vir para JOGAR ou apenas para RECEBER SALÁRIO. Se ele quiser, tem bola para ser o melhor do país. Podem anotar.