18 ago “Furacão” em pleno “clima de final de feira”
Um “furacão” passou na Toca da Raposa – e não foi exatamente o Atlético-PR de ontem. Talvez um “tornado”, ou um “tsunami”, na verdade o atual Cruzeiro é um clube arrasado , em quase todos os setores. Verdadeiro clima de final de feira, e a torcida sabe bem os motivos.
Falando do jogo, se for para apontar FALHAS DE VERDADE, enxerguei três: primeiro, Naldo, que tem quase 1,90m de altura, deixa Marcinho, quase “uma régua” mais baixo, cabecear livre para abrir o placar. Segundo, Anselmo Ramon, numa única falta derrubou dois adversários e tomou o segundo amarelo.
Mesmo com um jogador a menos, o Cruzeiro, após um primeiro tempo medíocre, fez um razoável segundo tempo, até fiquei com a sensação de que, com 11 em campo, teríamos chances de vencer.
Mas aí tem a terceira falha: o “estilo Papai Joel de jogar futebol”, mais preocupado em ficar encolhido na defesa e dando chutão pra frente. E como diz Muricy Ramalho, “a bola pune”. Mesmo recuando tudo o que podia, veio o segundo gol.
Sinceramente, não acho que Fábio falhou, mesmo escorregando ao pular na bola. O chute foi rasteiro, cruzado e no contrapé. Vejam de novo o lance, um jogador do Atlético-PR até faz um “meio corta-luz” na hora da finalização, isto mata qualquer goleiro.
Duas surpresas ontem foram Vitor e Wellington Paulista. Não apenas pelo lance do gol, mas porque, analisando friamente, eles jogaram razoavelmente bem. Arrisco-me a dizer que, se WP9 jogasse mais vezes como ontem, ao invés de ser o cai-cai de sempre, ele poderá ser útil para o time.
Nas minhas últimas colunas avisei, vencer o Avaí não significa nada, e o Cruzeiro corre o sério risco de fazer a pior campanha desde 2006, último ano em que ficamos fora da Libertadores do ano seguinte.
Depois de mais uma derrota – a quinta em seis jogos – meu receio é ainda pior, porque o Cruzeiro pode fazer a pior temporada desde 1994, por coincidência o último ano de mandato do presidente anterior, César Masci. Naquele ano, após vencer o Mineiro em cima do Atlético-MG, o Cruzeiro correu risco de rebaixamento.
Não estou dizendo que estamos lutando contra o Z-4, mas por todas as coisas que acontecem atualmente, vejo o Cruzeiro 2011 num verdadeiro “clima de final de feira”. Não existe comando, vindo de lugar nenhum. E sem comando, não há resultado.
O presidente já “fez a sua parte” – uma fazenda em Morada Nova de Minas, assumiu o cargo de Senador, colocou o filho Deputado, e disse que no final do ano deixa o clube. O diretor de futebol não entende absolutamente nada do assunto. O atual técnico faz o estilo “passar a mão na cabecinha dos filhos”.
Numa boa, nada contra “a pessoa do jogador”, mas o nome do atacante Bobô, ex-Corinthians, é a cara do “alto comando” do Cruzeiro atual. Basta tirar o acento.
Acaba logo, 2011. Vem rápido, 2012. Fora Perrellas. Fora Dimas Fonseca. Chega de futebol medíocre. O Cruzeiro não é isto que estamos vendo.
Abraços a todos.