15 set Falando do silêncio
Acredito que nada mais adequado, após três derrotas consecutivas, uma mais vexaminosa do que a outra, que falar do silêncio. Mas vou inverter os termos da equação, agora pensarei em nosso silêncio, tão vazio e preocupante quanto o do Presidente GPT.
Na verdade, o que é o silêncio? A primeira ideia que passa pela nossa cabeça é a abstenção de falar ou a ausência de ruído. Mais ainda, a ausência de mensagens e de informação, ou, com outras palavras, nenhuma comunicação que deva ser recebida ou comunicada.
A conclusão óbvia à qual chegamos é que o silêncio é um vazio, uma descontinuidade no fluxo da informação, detalhe natural da nossa reflexão.
Cada um de nós, de alguma maneira, sente profundo medo ao silêncio, é como fechar os olhos por alguns instantes e deixar a vida passar… Aumentam as sensações escondidas, é difícil assimilá-lo. Sejamos honestos, o silêncio real é tão complexo quanto difícil de enfrentar porque não estamos preparados para isso; a gente sempre espera uma palavra que tire nossa mente da agitação, uma palavra de fora.
O Grilo Azul, como todos vocês, está aprendendo com o silêncio, especialmente com o próprio silêncio, aquele que procura respostas, assim como o presidente…
Sinceramente, o silêncio dele é um silêncio de impotência, assim como o nosso.
Será que o presidente tem algo a dizer quando renova contrato de jogador que fica oito meses no estaleiro, volta quando seu contrato está praticamente acabando, recebe prêmio para fechar novo contrato, e agora briga dentro de campo com seu próprio corpo?
Será que ele pode explicar por que razão chama à torcida para apoiar, ela grita “guerreiroooo, guerreiroooos” com determinado jogador e este praticamente não corre em campo, faz faltas violentas, toma sempre cartão amarelo e logo “descansa” uma rodada?
Será que poderá dizer alguma coisa de seu sentimento, da sua luta por manter o craque do time quando ele estava de férias, seu representante pedia aumento para ficar através da mídia, e depois nunca mais repetiu seu desempenho anterior?
Será que ele consegue externar palavras após ter falado em janeiro deste ano que contratava jogador estrangeiro de seleção, e até hoje, mês de setembro, não jogou sequer uma partida completa?
E que ele pode dizer após todos seus homens de confiança serem condenados por terem agido mais como torcedores do que como dirigentes no nefasto clássico de uma torcida só?
Honestamente, o nosso silêncio espera que ele quebre seu silêncio dizendo: NÃO TENHO HOMENS DE CONFIANÇA, NOSSOS JOGADORES NÃO SÃO DE CONFIANÇA, O TREINADOR NÃO É DE CONFIANÇA, só vocês, os torcedores, são de confiança. Mas, ainda vocês são coadjuvantes e, historicamente, NÃO CONFIAMOS EM VOCÊS.
Fale Presidente, fale, quebre seu silêncio………………………………………………………………
