30 abr Fala menos, joga mais, futebol é dentro das 4 linhas
Ainda é cedo, Nação Celeste. Apesar da vantagem conquistada em casa, acredito que o Cruzeiro terá que enfrentar um grande desafio no jogo de volta, no Uruguai. É preciso avaliar muita coisa e não subestimar o adversário. Mas posso afirmar que a resposta às provocações do Nacional veio em campo.
Em outras ocasiões, já entramos em campo com a cabeça erguida achando que a vitória era certa, não há como negar que isso já nos aconteceu. Mas dessa vez, foi o Nacional que falou demais e jogou de menos. Tivemos um primeiro tempo surpreendente. As redes balançaram bem mais cedo do que eu esperava e Fábio mal trabalhou. O segundo tempo foi mais complicado, substituições dos dois lados e a mudança na postura do time visitante mudaram o ritmo do jogo: sofremos um gol e não conseguimos ampliar a vantagem. Ainda assim, bom jogo!
Particularmente, gostaria de destacar alguns pontos (lembrando que ninguém precisa concordar, o espaço de comentários nesse site é muito mais bem utilizado para debates do que para discussões). Enfim:
– Kleber: Bem ou mal, o gladiador ainda é peça fundamental. Apesar de ter errado muitos passes e de ter perdido oportunidades por más finalizações, ele foi, mais uma vez, uma peça chave em campo. Talvez haja alguém que não tenha percebido, mas foi graças ao posicionamento de Kleber, mais recuado, que Thiago Ribeiro (ou Ribery, como preferirem) ficou livre lá na frente para marcar os 3 gols celestes. Parece que o pessoal falastrão do Nacional não percebeu isso, marcou forte o gladiador, mas não impediu o sucesso do ataque celeste. Seria muita ingenuidade pensar que essa estratégia vai dar certo de novo, lá no Uruguai, mas quem sabe? Deixo isso com Adilson.
– E por falar nele, acho que o professor foi bem. Fabrício teve que ser substituído, não há o que discutir, e Eli era mesmo uma opção: pronto. Quanto ao esquema com 3 atacantes, faz sentido. Naquele momento do jogo, o Nacional estava com 3 zagueiros e precisávamos equilibrar o jogo. Infelizmente, as coisas não funcionaram perfeitamente porque Kleber não estava numa noite inspirada e, além da habitual dificuldade de se livrar da marcação, cometeu os erros que já comentei acima.
– O meio campo: Não sei vocês, mas eu gostei. Achei que o meio, de um modo geral, esteve muito bem. Paraná foi o velho Marquinhos, aquele que eu ainda tenho esperança de voltar a ver em todos os jogos. Fabrício também foi peça importante em campo. Vale abrir um espaço aqui para comentar que Diego Renan esteve bem hoje, mais confiante, mais leve em campo!
Claro, Thiago Ribeiro foi o nome do jogo! Cruzeiro me passou confiança, o time jogou bem, jogou bonito e os méritos abafaram as falhas (que não devem ser esquecidas, claro).
Acredito que o Nacional vai estudar e estudar o nosso time. Não vão cometer o erro de subestimar a nossa história novamente e nem nós devemos cometer o erro de acreditar que esses 3 a 1 foram suficientes. Provavelmente em um estádio menor, onde a torcida fará pressão, o Cruzeiro terá que avaliar bem a tática de jogo para não entregar o resultado. Vencemos uma batalha, mas a guerra ainda não terminou. Vamos CRUZEIRO! Vamos GUERREIROS! AVANTE BESTIA!