27 ago Em clássico prejudicado pela arbitragem, Cruzeiro mostra raça e arranca empate no finalzinho.
Liderar o campeonato é uma coisa, ganhar do Maior de Minas é outra. O jogo entre Cruzeiro e Atlético MG, que marcou o fim do primeiro turno, teve tudo que era preciso para ser chamado de clássico.
Desde o princípio a Raposa sofreu com a arbitragem, que inverteu faltas e minou os jogadores do Cruzeiro. A ausência de critérios acabou gerando cinco amarelos para cruzeirenses logo no primeiro tempo.
Aos 15 minutos, Fabinho, que foi atingido por Leandro Donizete, teve que sair, dando lugar para Wallyson.
No minuto seguinte, Montillo enfiou linda bola para Everton avançar livre pela esquerda e colocar a bola na área. O Sputnik Azul mostrou ter estrela, e logo em seu primeiro toque na bola empurrou para o fundo das redes, para alegria da China Azul.
O juizão havia dado quatro minutos de acréscimo no primeiro tempo, e, aos 47, após sucessivas faltas para o Atlético-MG próximas à área, o time de Vespasiano teve um escanteio pela direita. Ronaldinho cobrou e, após desvio, Leonardo Silva emendou para deixar tudo igual no placar.
No intervalo, Alexandre Mattos, indignado com a péssima arbitragem do Sr. Nielson Nogueira, entrou no gramado para reclamar com o juiz. Wallyson chegou a dizer que se continuasse naquele ritmo, o Cruzeiro só terminaria com Fábio no gol.
Logo no início do segundo tempo, indignados com o que viram o juiz fazer no primeiro tempo, alguns torcedores começaram a arremessar objetos em campo. Bernard catou alguns dos itens no gramado, e empurrou Leandro Guerreiro, que tentou evitar que o jogador atleticano os entregasse ao auxiliar. Depois de o jogo ter ficado paralisado por muito tempo em razão da confusão, ambos acabaram recebendo o segundo cartão amarelo e foram para o chuveiro mais cedo.
Com as expulsões, o jogo ficou mais aberto, com chances para os dois lados, mas o Cruzeiro permanecia mais na marcação. Aos 40 minutos, Borges recebeu de Lucas Silva e quase fez o segundo, mas, Victor tirou com a ponta dos dedos.
Pierre, mais uma vez não conseguiu ver Montillo pela frente e acabou expulso, aos 43, depois de levantar o Pirata Azul. Mas, logo após a expulsão, Ronaldinho avançou por todo o campo, passou como quis por Marcelo Oliveira, por Lucas Silva, mais uma vez por Marcelo Oliveira e tocou no canto esquerdo de Fábio fazendo o segundo gol galináceo.
Em razão da paralisação no começo do segundo tempo, o jogo foi até os 59 minutos.
O Cruzeiro poderia ter chegado ao gol de empate aos 51 com Montillo que cobrou falta no encontro da trave com o travessão da meta de Victor, ou aos 53, com Tinga, em uma bola que passou raspando na trave direta.
A torcida atleticana já comemorava, quando Mateus fez o Independência explodir aos, 56 do segundo tempo após receber cruzamento de Montillo.
É certo que empate contra as Frangas jamais será motivo de comemoração, uma vez que o normal é goleada celeste, mas o empate no finzinho deixou o choro, mais uma vez, do lado rosa da lagoa, e o Cruzeiro mostrou que a China Azul ainda pode esperar raça desse time.
Agora o time de Celso Roth vai enfrentar outro pequeno Atlético, o Goianiense, e mais uma vez com muitos desfalques. Resta saber qual Cruzeiro veremos na 20ª rodada, se o time com sangue nas veias que vimos no jogo de hoje, ou o amontoado apático que preocupou a torcida celeste no jogo contra o Coritiba.
Hoje, AO VIVO, às 21hs00min, o programa Guerreiros em Debate repercute tudo que rolou no clássico, e ainda recebe o ídolo Marcelo Ramos para um bate papo sobre a sua brilhante história no Cruzeiro, e também sobre a campanha que a China Azul faz para conseguir um jogo de despedida para o Flecha Azul.
Já assinou a petição? Petição #DespedidaDoFlechaAzul
Foto: VipComm
