Ei, Flanelinha, meu sangue é nobre, o seu é de galinha


Fiquei impressionado com o balançar de milhares de flanelas “alaranjadas” que coloriram no dia 20 de fevereiro, sábado, as arquibancadas do Mineirão. Era mais um clássico disputado entre Cruzeiro e Atlético-MG, que como de costume terminou com a vitória da raposa. 3 a 1 para o melhor de Minas.

Foi incrível ver a Nação Azul Celeste cobrir mais da metade da Toca 3 com as suas tradicionais cores (o azul e o branco),além do laranja, caracterizado pelo levantar de milhares de “flanelas. Uma belíssima homenagem aos profissionais da bola, jogadores do time de Kallil, que com muita competência guardaram a nossa vaga para a Libertadores deste ano. Uma forma de agradecimento e reconhecimento ao belo trabalho realizado pelos atleticanos em 2009.

O épico levantar das flanelas foi caracterizado por muitos como uma obra de arte fenomenal feita sob o comando de mais de 21 mil cruzeirenses,protagonistas deum belo espetáculo de imagens e sons. Uma iniciativa arquitetada pela primeira vez na história do Mineirão e que com certeza foi um marco para o futebol mineiro. Um mosaico impressionante! Mais uma inovação dos guerreiros das arquibancadas. Mais uma inovação da torcida do Cruzeiro.

A china azul, juntamente com o site Guerreiro dos Gramados, abraçou muito bem a causa da “Operação Flanelinha”, que ao contrário do que andam dizendo por aí, em nada foi ajudada pela direção do time azul estrelado. Mesmo com a tentativa de censura pela Polícia Militar, que queria barrar a entrada das flanelinhas alegando que tal atitude iria promover a violência, a operação foi um sucesso. A torcida azul celeste conseguiu deixar mais uma vez os torcedores e os diretores do Atlético totalmente descontrolados. Eles perderam mais uma vez o rumo de casa e até agora estão na tentativa de arrumar uma desculpa para justificar a inevitável derrota. A verdade está na cara, não dá para esconder. O Cruzeiro foi mais competente, soube administrar o resultado, aproveitou melhor as chances, e por isso, foi superior.

Várias situações marcaram e muito este último clássico. O técnico Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, deu uma banana para toda a torcida do Cruzeiro e tentou justificar o seu ato. O presidente Alexandre Kallil proferiu palavras infelizes e mais uma vez acusou a Federação Mineira de promover um assalto contra o Atlético-MG. Episódios como esses só caracterizam o total descontrole da comissão técnica e direção do time de Lourdes. A falta de experiência na gestão de um clube não justifica sair por aí metralhando de acusações as instituições que organizam os campeonatos estaduais.

Com a “banana” que deu para a torcida azul, Luxemburgo se justificou dizendo que o gesto era para mostrar que agora o sangue que corria em suas veias era atleticano. Esta desculpa pouco tem valor para a torcida cruzeirense. Não existe justificativa plausível que faça a Maior de Minas acreditar nessa balela. Este ato merece punição, já que o técnico que protagonizou tal fato figura como personagem principal de um espetáculo que mexe com milhares de sentimentos. Deste ato sim, pode partir uma violência maior, diferentemente do ato de se portar uma flanela. Fique sabendo, senhor “Luxa”, Sangue Azul tem Poder! É um sangue nobre. Fique você com o seu “sanguinho” de galinha e dele faça um molho pardo! Se preocupe somente com o Atlético Mineiro e exclusivamente com ele. Viva o início de um período sem títulos para o seu currículo, já que o Atlético-MG não tem tradição na conquista de troféus. Será o início de sua coleção de derrotas e decepções. O contrário do período de glórias que você teve quando era técnico do Cruzeiro.

Quero levantar a última questão e agradecer ao Luxemburgo. A derrota do Santos em 2009 também auxiliou o Cruzeiro naconquista da vagapara CopaLibertadores deste ano. Isto prova que otécnico atleticano dissea mais pura mentira. Ele falou que as flanelinhas não tinham nada a ver com ele. Luxa, você tem sim parcela de auxílio na conquista da vaga da Libertadores pelo Cruzeiro. Você também é um flanelinha.

Parabéns guerreiros. A Operação Flanelinha foi um sucesso. Pela primeira vez eu vi o laranja não destoar o azul e branco do Cruzeiro.

Agora, que venha os jogos da Libertadores.

Ei, flanelinha, meu sangue é nobre e o seu é de galinha!