E mais um clássico se foi…


Porém, a história se repetiu. O Cruzeiro venceu, a torcida azul era maior, o time de lá tentou justificar a derrota culpando o juiz e no final acabou sendo zuado, mais uma vez! Que pena dos depenados. Visivelmente maioria nas arquibancadas, a autêntica e animada torcida celeste ajudou o Cruzeiro a vencer o Atlético-MG mais uma vez , a nona vitória nos últimos doze jogos, com a velha história já conhecida.
 
A história de um clássico:
 
Nos dias que antecedem a partida, a torcida do Atlético-MG fica louca, pois dizem ter o melhor time do Brasil, e que será um ano diferente a partir daquele clássico. Vão descontar as goleadas, vão ser maioria no estádio e mais um monte de besteiras.
 
Chega o grande dia, a torcida deles comparecem (mas sempre menor que a nossa), chegam fazendo barulho, entram juntos no Mineirão e até impressionam com aquela geral, de ingresso a um real, lotada.
 
O jogo começa, parecem nervosos, não cantam mais, mas pedem raça, gritam o nome dos seus xodós que estão na reserva, como Marques que sempre está voltando de alguma lesão, e vez ou outra canta o hino quando chutam uma bola para fora. Levam aquele gol logo no primeiro tempo, se desestabilizam, ficam nervosos, a bateria já não acompanha o hino, a geral já não se destaca, não conseguem mais uma vez levantar o bandeirão e por aí vai …
 
A torcida celeste toma conta, o time celeste dá o ritmo ao jogo, como somos educados, mais uma vez agradecemos numa só voz a quem sempre nos ajudou, nada de traição a quem nos dá mão, é Kalil voltou, Olé Marques e algumas outras inovações, como flanelinhas ou parabéns para você.
 
A partida termina, e a algum tempo a torcida deles já não está mais lá, já se foram, só se vê se ouve os torcedores azuis. Ligo a CBN e do carro mesmo sinto o Kalil cuspir nos microfones, reclamando da arbitragem, do túnel, do tempo, das ações em baixa, da política e vários outros fatores que claramente justificam a derrota. Os jogadores dizem que vão trabalhar para consertar os erros, que vão fazer com que o galinho volte a ser aquele galo do tempo do, do, do meu bisavô mesmo.
 
E se acaba assim, show no campo, show fora, somos destaques nos jornais e principais meios de comunicação e o Atlético-MG continua sendo zuado, seja no Mineirão, na imprensa, no kibeloco ou até mesmo pela sua torcida, ao lotar o próximo clássico, com a certeza de que será diferente!
 
 
Este texto foi feito neste último clássico, mas poderia ter sido feito em qualquero um dos últimos dois, três anos.
 
É como o filme Lagoa Azul, todo ano passa na Globo, milhares de pessoas assistem, e no final acontece sempre o mesmo, e acaba literalmente TUDO AZUL!
 
E sinceramente, já me cansei de esperar por algo novo, o clássico para mim já não existe mais.
 
Saudações Celestes!