03 set Cruzeiro vence mais uma na raça e na disposição

Fechando a segunda rodada do returno, Cruzeiro e Náutico entraram em campo buscando a vitória para subir no campeonato.

O Cruzeiro veio escalado pelo técnico Celso Roth com: Fábio; Léo, Mateus, Rafael Donato e Éverton; Leandro Guerreiro, Charles, Tinga e Souza; Wallyson e Borges. Já o Náutico veio com: Gideão; Patric, Ronaldo Alves, Jean Rolt e Lúcio (Douglas Santos); Dadá, Martinez, Souza e Rogerinho; Araújo e Kim. Escalado pelo técnico Alexandre G. Pelo lado do clube celeste, segundo turno, segunda rodada, e o objetivo a ser alcançado, a segunda vitória seguida. Já o Timbu buscava o quinto jogo sem derrota. Do lado do celeste ainda tinha a missão de manter o tabu de nunca ter perdido para o Náutico em casa.

O Cruzeiro foi para o jogo mais uma vez modificado, vinte rodadas, vinte formações diferentes. Além dos suspensos e dos jogadores hóspedes do Departamento Médico celeste, Montillo foi o grande desfalque. Além disso, Roth surpreendeu a todos tirando o garoto Lucas Silva até do banco de reservas. Uma surpresa desagradável para o torcedor, que bota muita esperança no jogador e o viu fazendo boas partidas desde que subiu para o profissional.

Iniciado o jogo, se o torcedor esperava uma pressão do guerreiro, o que viu foi o timbu assumir a iniciativa da partida, principalmente pela boa marcação e por aproveitar o entrosamento perdido pelo meio campo azul, sentindo claramente falta do meia argentino. O Cruzeiro começou a entrar no jogo após os dez minutos, entretanto muitos erros e muitos chutões e poucas bolas trabalhadas foram a tônica do início do jogo. Aproveitando erros de passe do volante Charles, o Náutico chegou forte em dois contra-ataques. O jogo seguiu neste rítimo até os trinta minutos, muitos passes errados, muitas bolas tocadas e nenhuma jogada ensaiada. O Cruzeiro despertou no grito da torcida e no incentivo das arquibancadas.

O Náutico estava bem colocado em campo, dificultando muito as jogadas e a posse de bola do Cruzeiro. Nossa primeira grande jogada de contra ataque só aconteceu aos 32 minutos, quando em uma rápida troca de passes o time chegou com Everton pela ponta esquerda, batendo para a defesa do goleiro Gideão, na sobra Borges mandou sobre o travessão. A partir daí o Cruzeiro investiu em uma forte pressão, buscando as pontas e as jogadas pelo meio. Aos 35 minutos, Léo cabeceou a bola a centímetros da trave, quase arrancando o grito de gol da arquibancada. Cada vez mais a torcida se inflamou, incentivando os jogadores. Aos 37 minutos, Souza fez bela tabela no meio e foi derrubado próximo a área. Na cobrança o mesmo Souza explodiu a bola na barreira, tocando no braço do zagueiro pernambucano, porém o juíz nada marcou.

A pressão continuou até o final do primeiro tempo, com um Cruzeiro que insistia muito nas bolas alçadas pro meio da área, sem resultado algum. Sem grandes oportunidades de nenhum dos times, o primeiro tempo correu até seu fim melancolicamente, pedindo para que no retorno ao gramado os jogadores tratassem melhor a bola, no acanhado estadinho do horto.

Os dois times vieram sem modificações para a segunda etapa. A torcida do Cruzeiro deu um show à parte. Sempre jogando junto com o time, pressionando o timbu e a arbitragem, e incentivando os jogadores celestes que insistiam em ficar impedidos em seguidas jogadas. Nervosos, os jogadores pernambucanos estavam visivelmente assustados com a força de ataque mostrada pelo Cruzeiro no início do tempo final. Aos 15 minutos, Wellington Paulista entrou no lugar de Charles que saiu contundido, sentindo muitas dores. A partioda muito travada rolou lentamente até os 19 minutos quando Borges fez boa jogada, na raça e disposição, ganhou a bola na entrada da área, passou por dois jogadores, mas chutou fraco, nas mãos do goleiro.

O time do Cruzeiro tinha pouca criatividade, tudo devido à falta de um homem: Montillo. O argentino fez muita falta durante todo o jogo. Souza pouco produziu em uma atuação bastante discreta. O Náutico assustou o clube celeste aos 22 minutos: Em uma bola roubada partiu para um rápido contra ataque muito perigoso. Na sequência da jogada Wellington Paulista sofreu falta na intermediária direita do campo de ataque, a falta foi cobrada e rebatida pela zaga, na sobra, Éverton chutou uma bola linda para uma boa defesa de Gideão, que se mostrava o melhor nome do timbu em campo.

Aos 26 minutos Wallyson saiu para dar lugar a Elber. Mesmo com muita vontade o atacante produziu pouco efetivamente. Elber entrou com sangue novo, numa tentativa do técnico Celso Roth de dar mais velocidade ao time. Na primeira jogada do garoto da base, o Cruzeiro partiu para um bom contra ataque na ponta direita, mas a bola morreu lentamente nas mãos do goleiro. Na segunda tentativa, o meia atacante avançou novamente pela ponta direita e sofreu falta na entrada da área. Na cobrança Everton colocou a bola com precisão na cabeça do zagueiro Rafael Donato, porém ele apenas desviou a bola, o suficiente para ela chegar à cabeça do matador Borges. É golllllllll!!!!!! Os gritos inflamaram o estádio do Horto em uma linda festa da torcida celeste. O Cruzeiro com paciência buscou o gol em uma partida complicada e tensa.

[Vídeo] Os gols e os melhores momentos de Cruzeiro 3 x 0 Náutico pela 21ª rodada do Brasileiro 2012

Borges pediu para ser substituído após o gol, mas mostra-se pouco a pouco, ter sido a melhor contratação do ano. Com muita vontade vai fazendo seus gols e, no melhor jeitinho mineiro, encosta nos artilheiros do campeonato.

Aos 35 minutos Romero fez uma jogada incrível, deixando Leo para trás, con grande velocidade chegou à linha de fundo mandou a bola para Kim que de letra mandou a bola para o gol, que não entrou por capricho. O Susto foi grande para a torcida celeste, que continuou apoiando o time, acreditando muito na vitória. O fim se aproximava e mostrava-se ser bastante tenso para ambos os times. Aos 39 minutos Wellington Paulista fez boa jogada pela ponta esquerda, chutando a bola buscando o contrapé do goleiro, porém pegou fraco na pelota.

Aos 40 minutos o Cruzeiro fez uma excelente jogada pela ponta esquerda, em uma bola roubada por Rafael Donato, a redonda sobrou para Souza que acionou em um toque Wellington Paulista, o atacante puxou a jogada para a ponta e tocou no meio para Everton, que viu Elber na entrada da área, o garoto dominou a bola e soltou um petardo incrível, sem defesa para o goleiro Gideão, um golaço do Cruzeiro e do garoto que entrou bem. Na emocinoante comemoração o garoto tirou a camisa, esticando-a sobre o gramado e, em um ato de adoração, amor e emoção beijou o manto sagrado celeste, em uma imagem que deve ser repetida por anos e anos, ele ganha muita moral com o treinador e com a torcida.

Nas arquibancadas a torcida gritava “ôooooo, o Cruzeirão voltouuuuu…” e neste uníssono o Cruzeiro partiu para o contra ataque com Tinga pela ponta direita, o meio fez uma excelente jogada de linha de fundo e mandou para Wellington Paulista que entrou como um raio entre os defensores do Timbu e fez um belo Gol, deixando sua marca em mais um jogo, desta vez com a bola rolando, bem posicionado dentro da área como nos seus melhores tempos.

Mal a bola rolou novamente e o Cruzeiro buscou novamente o ataque. Com sede e vontade em campo a bola foi enfiada na área para Sandro Silva que chutou nas pernas do zagueiro. O time do Cruzeiro obteve um resultado elástico em um jogo difícil, conquistando três importantíssimos pontos, aproximando-se do G4 e melhorando seu saldo de gols.

Algumas boas atuações merecem ser destacadas: Rafael Donato firme, seguro e sem brincadeiras, desarmou muitas jogadas e não deu espaço aos adversários. Éverton buscou muito o ataque e conseguiu fechar bem a ala esquerda, partindo sempre em velocidade e participando efetivamente do primeiros e do segundo gol celeste. Borges colocou para dentro a primeira oportunidade real que teve, mostrando o faro de artilheiro. Elber entrou e mudou a maneira do time celeste jogar, na minha avaliação o melhor em campo, participando do primeiro e do segundo gol celeste. A contra gosto, tenho que parabenizar o Wellington Paulista, que entrou com muita disposição, vez um gol de oportunismo e ainda deu dois bons passes deixando os companheiros em condição de marcar.

O time do Cruzeiro sai fortalecido na quinta posição, a quatro pontos do G4 e dando pinta de que fará um segundo turno mais equilibrado, buscando até o final do campeonato uma vaga para a Libertadores 2013, em sua casa, o Mineirão.

Que a torcida celeste continue apoiando o time estrelado rumo às vitórias até o final do campeonato. Foto: VipComm

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