
08 jun Cruzeiro começa mal, mas reservas mudam a cara do jogo e Raposa vira para cima do Botafogo
Dois Cruzeiros distintos foram à campo nesta quinta-feira e apesar de mostrarem duas atuações completamente distintas, apenas 3 jogadores eram diferentes entre eles.
O primeiro Cruzeiro foi apático e completamente dominado pelo Botafogo. A equipe alvinegra pressionou desde o apito inicial e a Raposa tinha dificuldades em sair no contra-golpe, principalmente pelos erros dos volantes e de Souza na armação e pelo isolamento de Montillo e Wellington Paulista na frente.
A pressão botafoguense surtiu efeito logo aos 20 minutos quando o volante Amaral, após cobrança de escanteio, desviou para as redes celestes e marcou contra abrindo o placar para o time carioca.
A desvantagem no placar não foi suficiente para acordar o time celeste que seguiu sem forças durante toda a primeira etapa. Não fosse o bom trabalho da zaga, especialmente do estreante Mateus, o Botafogo poderia, inclusive, ter ampliado ainda no primeiro tempo, mas o Cruzeiro conseguiu se segurar para tentar resolver os problemas no intervalo.
Precisando de um fato novo, o técnico Celso Roth começou a colocar o novo Cruzeiro em campo com a entrada de Fabinho no lugar de Souza e recuando Montillo para armação. O atacante, mais um estreante da noite, aumentou a mobilidade do ataque azul e finalmente a Raposa começou a atacar.
O jogo ficou aberto e as duas equipes criavam chances de gol. Um passe na fogueira de Amaral para Tinga no meio-campo, porém, custou caro e Vítor Júnior tomou a bola pegando a defesa desprevinida e lançando Herrera que, livre, fez o segundo do Botafogo aos 23 minutos.
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Era de se esperar que o time celeste sentisse o golpe, mas duas novas alterações de Celso Roth seriam fundamentais para a reação na partida. Éverton e Anselmo Ramon entraram nos lugares de Tinga e Marcelo Oliveira e o Cruzeiro se tornou senhor do jogo a partir de então.
Os reservas fizeram diferença imediatamente e Anselmo Ramon diminuiu após cobrança de escanteio logo aos 28 minutos. Na sequência, aos 30 minutos, foi a vez de Éverton balançar as redes após cruzamento de Anselmo Ramon e empatar o jogo.
A rápida reação cinco estrelas acuou o Botafogo e o Cruzeiro sequer permitiu que os cariocas respirassem. Aos 32 minutos o goleiro Milton Raphael fez penalti em Montillo e aos 34 minutos Wellington Paulista bateu e colocou a Raposa em vantagem com o 3 a 2 no placar.
Sem nada a perder, o Botafogo teve que buscar se reorganizar em campo e ir para o abafa nos minutos finais, mas não foi eficiente. O novo Cruzeiro da segunda etapa soube se defender bem, segurar o resultado e, de quebra, acabar com a história do tabu do time azul nunca ter vencido no Engenhão.